#StopHateforProfit: Starbucks e Coca-Cola boicotam redes sociais por mais medidas contra o discurso de ódio

Juntamente com outras grandes marcas, elas exigem que as redes sociais criem medidas mais efetivas sobre a disseminação do discurso de ódio

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10:00 am - 01 de julho de 2020

Após o Facebook anunciar que começaria a rotular publicações com potencial dano ou desinformação, grandes marcas entraram em uma rede de boicote às redes sociais da gigante por considerarem a medida insuficiente para diminuir a disseminação do discurso de ódio na rede. Starbucks, Coca-Cola, Diageo e Unilever anunciaram que pretendem suspender total ou parcialmente suas propagandas em algumas plataformas de mídia social, incluindo o Facebook.

“Nós acreditamos em unir as comunidades, tanto pessoalmente como on-line”, afirma a Starbucks em um comunicado. Segundo publicação da BBC News Brasil, a empresa de Seattle disse que pretende continuar publicando material nas redes sociais, mas sem pagar por publicidade.

De acordo com a reportagem, a marca disse que pretende “manter discussões internamente e com seus parceiros de mídia e organizações de direitos civis para pôr fim à disseminação do discurso de ódio”.

A Coca-Cola anunciou que vai deixar de fazer publicidade em todas as plataformas de mídia social em todo o mundo. Ela vem pedindo “maior responsabilização” das empresas de mídia social. Unilever disse que reduzirá pela metade sua publicidade no Twitter, Facebook e Instagram até “pelo menos” o resto de 2020, diz a BBC.

Os organizadores da campanha #StopHateforProfit (Dê um Basta no Ódio por Lucro), de acordo com a BBC News, vem acusando o Facebook de não agir contra discursos de ódio e desinformação suficientemente. Eles disseram que “uma pequena quantidade de pequenas mudanças” não vai “nem causar um arranhão no problema”.

Mais de 150 empresas já se juntaram à campanha #StopHateforProfit até agora.

Starbucks e Coca-Cola disseram que apesar das medidas tomadas, não iriam aderir oficialmente à campanha.

CEO e Fundador do Facebook, Mark Zuckerberg disse que vai proibir anúncios que digam que “pessoas de raças, etnias, nacionalidades, religiões, castas, orientações sexuais, identidades sexuais ou status de imigração específicos” são uma ameaça aos demais, diz a BBC.

Os organizadores da campanha disseram à Reuters que convidarão empresas europeias para participar do boicote. Eles exigem, segundo a reportagem, que a Zuckerberg crie uma infraestrutura permanente de direitos civis dentro do Facebook com auditorias independentes, procure e remova grupos públicos e privados que publicam conteúdos de ódio e desinformação e crie equipes especializadas em revisão de reclamações, diz o site de notícias.

“A próxima fronteira é a pressão global”, disse Jim Steyer, Executivo da organização sem fins lucrativos Common Sense Media.

*Com informações do G1

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