Startups recebem investimentos e se reinventam durante pandemia

A semana foi repleta de empresas do setor que receberam investimentos ou lançaram novos modelos de negócio; acompanhe os anúncios

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8:00 am - 19 de junho de 2020

A crise estabelecida pelo novo coronavírus (Covid-19), responsável por demissões ou desempenho aquém do esperado por empresas, causou um certo “estado de espera” por tanto por investidores como por alguns negócios em si, que precisaram se ajustar às novas condições para entender qual caminho trilhar. 

Nos últimos dias, o mercado recebeu uma série de anúncios feitos por empresas que estavam ou recebendo aportes ou anunciando novas linhas de negócio, de forma a gerar receita durante o período atual. Apesar de ainda ser muito cedo para se falar de uma retomada, é preciso reconhecer que essa movimentação foi um pouco atípica, ao compararmos com os meses anteriores. 

Para quem não conseguir acompanhar todos os anúncios, apresentamos abaixo uma relação das startups comunicaram ao mercado injeção de capital ou uma nova abordagem corporativa. Confira: 

– Investimentos 

BizCapital 

Fintech especializada em empréstimos, a BizCapital anunciou uma rodada de investimento Sério B, que resultou na captação de R$ 65 milhões liderada pelo banco de desenvolvimento alemão DEG (cujo nome completo é muito grande, mas você pode conferir aqui). No total, a startup já obteve exatos R$ 100 milhões. 

De acordo com a marca, o valor recebido será aplicado no estreitamento da relação com o setor de pequenas e médias empresas, seja para a criação de novos produtos ou para expandir sua presença dentro da rotina desse público alto.  Atualmente, a BizCapital conta com 5 mil clientes, espalhados em 1,2 mil cidades brasileiras. 

Cargo X 

A startup de logística recebeu um aporte de R$ 15 milhões da Pattac Empreendimentos, valor que se soma aos US$ 80 milhões (cerca de R$ 430 milhões) levantados pela companhia em abril. 

Com 450 empregados e conectando 20 mil empresas de transporte a 400 mil caminhoneiros, a Cargo X pretende usar o valor para provisionar capital de giro às transportadoras que operam no marketplace da marca e que estão com dificuldades por conta do Covid-19. 

PetLove 

Voltada ao mercado de animais de estimação e com venda tanto avulsa como por um sistema de assinatura, a PetLove anunciou ter recebido um aporte de R$ 125 milhões pela operação latino-americana do fundo de investimento L. Catterton, que também investe em negócios como a rede varejista St Marche e o centro de estética Espaço Laser. 

O valor chega para complementar os R$ 250 milhões recebidos pelo fundo do banco japonês SoftBank dedicado a negócios da América Latina. 

Remessa online 

Especializada na transferência de dinheiro para pessoas físicas e jurídicas de outros países, a startup contabilizou um aporte de R$ 100 milhões, liderado pelo fundo de investimentos argentino Kaszek Ventures. 

Com a quantia, a startup pretende para investir na internacionalização dos seus serviços financeiros, especialmente para auxiliar empresas nacionais que já prestam serviços para o exterior, companhias com gastos e custos em outras moedas ou até mesmo organizações que estejam em processo de captação de recursos. 

– Novas linhas de negócio 

Dog Hero 

Intermediando donos de pets com pessoas que oferecem serviços como passeios e hospedagem, a Dog Hero passou a oferecer a partir deste mês a possibilidade de, em determinadas regiões da cidade de São Paulo, habilitar o agendamento de visitas veterinárias nas casas dos clientes. 

A consulta com o profissional é agendada após um bot realizar a triagem inicial para entender as condições do animal, a um custo médio de R$ 150 reais por visita.  A expansão do serviço para outras cidades e a inclusão de outras comodidades, como banho e tosa, também estão nos planos da marca. 

Gympass 

Oferecendo um serviço corporativo que permite a empresas financiar aos colaboradores sessões de academia como benefício, a companhia teve os negócios paralisados durante a expansão internacional do Covid-19. 

Tentando recuperar receita, a empresa lançou recentemente uma nova oferta na qual, por R$ 30 ao mês, habilita organizações a oferecer aulas em vídeo aos usuários, algumas sessões particulares com personal trainers e uso gratuito de aplicativos de saúde e bem-estar. 

Uber  

Com sua principal fonte de receita em retrocesso por conta da política de distanciamento social, a ride-hailing está investindo em linhas alternativas de renda, como um serviço de transporte de objetos e a adaptação do seu software de transporte para governos. 

Mas o destaque desta semana foi o Caseirinho, serviço que está sob a gestão do Uber Eats e que oferece aos clientes da cidade de São Paulo refeições preparadas ao estilo “marmita”, com opções como filé de frango e estrogonofe, por preços a partir de R$ 9,90. 

 *Com informações d’O Estado de S.Paulo e Forbes  

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