À medida que os ciberataques avançam globalmente, os investimentos em startups de segurança digital também crescem. O ecossistema atraiu US$ 388 milhões em investimentos entre 2013 e 2021, sendo 70% desse total referente aos últimos dois anos, indica o Inside Cybertech Report, estudo produzido pela plataforma de inovação aberta Distrito em parceria com a Cisco.
O país possui hoje 205 startups de cibersegurança, sendo que 45 já receberam aporte. Dentre elas, figura a Único (antiga Acesso Digital), avaliada em US$ 1,02 bilhão, e a primeira cybertech brasileira a se tornar unicórnio.
O levantamento aponta que 90% dos malwares são causados por ameaças entregues por links via email, bastando apenas um clique do usuário para que a invasão ocorra. Por outro lado, 34% das companhias vítimas desses ataques levam mais de uma semana para recuperar seus acessos. Até o fim do ano, os crimes cibernéticos levarão a prejuízos de US$ 6 trilhões.
O cofundador e CEO do Distrito, Gustavo Araujo, lembra que conforme migramos definitivamente para o mundo digital, maior será a demanda por soluções de segurança. “Os números mostram que o setor está em estágio de maturação no Brasil, com muito espaço para crescer e atrair cada vez mais investidores, seguindo o cenário internacional”.
Já o diretor de transformação digital da Cisco do Brasil, Rodrigo Uchoa, pontua que há muito espaço para inovação e evolução das tecnologias e soluções para segurança cibernética, abrindo oportunidades para empresas e startups brasileiras do setor.
A edição do relatório também apresenta um recorte sobre as startups de cibersegurança especializadas em soluções de blockchain. De acordo com os dados, o país conta com 26 startups do tipo, sendo que três delas receberam investimentos desde 2016, que somam US$ 538 mil.
No âmbito internacional, há 135 empresas de soluções de blockchain para cibersegurança, das quais 56 receberam investimentos: 36% (18) delas no estágio série A; 14% (8), série B; e 6% (4), séries C e D. As demais receberam aportes anjo ou pré-seed.
Ao todo, foram aportados US$1,3 bilhão internacionalmente entre 2016 e 2021. Somente neste ano, são US$ 853 milhões investidos. As maiores startups do setor atualmente são a Fireblocks, que já levantou US$ 489 milhões; a Chainalysis, com US$ 367 milhões; a StartkWare, com US$ 118 milhões; a Elliptic, com US$ 44,3 milhões; e a Casa, com US$ 10 milhões. Já os investidores internacionais mais ativos são o Digital Currency Group, Kenetic, Collaborative Fund, Blockchain Capital e a Slow Ventures.
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