Startups: melhor defesa para grandes empresas é o ataque

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4:20 pm - 21 de abril de 2017

As startups já deixaram de ser novidade e estão cada vez mais inseridas no dia a dia, sobretudo com serviços focados em usuários finais. No mundo corporativo, essas inovações deixaram de ser ameaças e se tornam parceiras de empresas. As organizações buscam inovações de fora para dentro e as ações com startups avançam.

“A chegada das startups no seu mercado vai acontecer. Se ainda não aconteceu, vai acontecer. A melhor forma é se mover. Se ficar estático e esperando bater à sua porta, você estará 10 anos atrasado. Comece a se mover o mais rápido possível”, recomenda Rodrigo Baer, presidente da RedPoint Ventures – fundo de venture capital brasileiro -, durante conversa com CIOs no IT Forum.

A área de TI está envolvida no processo de “recepção” a essas startups dentro da companhia. Por isso, o CIO deve entender como lidar com estas empresas para usar a criatividade e inovações a favor dos negócios. Foi a proposta do IT Forum ao propor a discussão dos CIOs das principais empresas do País com um especialista no tema.

Leia a cobertura completa do IT Forum 2017

Baer citou o exemplo do Banco Itaú, que buscava aproximação com esse ecossistema e há três anos o procurou para a criação o Cubo, espaço voltado a empreendedorismo. “Tem sido muito melhor do que imaginávamos. Temos mais 12 patrocinadores e 180 empresas já passaram pelo Cubo”, conta.

O termo é corporate venture, que une grandes empresas a starutps. Baer acredita que, em termos de venture e startups, o Brasil está 20 anos atrasados do que os EUA, por exemplo. Mas em corporate venture não. “Todo mundo no mesmo passo procurando entender o mercado. É uma discussão quente globalmente, com muitos fazendo coisas interessantes e outros fazendo coisas erradas.”

Estágios rumo à inovação
Baer explica a linha evolutiva de uma startup até chegar no ponto ideal para poder conversar com empresas. O primeiro estágio é a descoberta do produto (ideia), depois passa para a fase de venture capital (negócio), na sequência growth capital (crescimento) e, por fim, chega a um nível de maturidade para um private equity/IPO. “É nesse estágio que você consegue conversar.”

“A proporção de sucesso em startups é muito pequena. É muito difícil uma empresa conseguir startup em estágio inicial. Corporate tem muito ainda a aprender e a melhor forma é cair para dentro”, completa Baer.

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