Startup BossaBox aposta em modelo de ‘squad as a service’

Empresa brasileira já desenvolveu mais de cem projetos para empresas como Unidas, Omo, Multicoisas e Hering e espera crescer quatro vezes em 2021

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8:22 am - 09 de fevereiro de 2021
Sócios da BossaBox. Foto: Divulgação

É inegável que empresas de diversos setores vêm tendo dificuldade para encontrar talentos nas áreas de tecnologia e produtos, como desenvolvedores de software, product managers, tech lead, UX designer, e outras posições. De olho nesse mercado, a startup BossaBox monta squads de desenvolvedores, UX designers, entre outros cargos, para desenvolver produtos digitais e promover a inovação dentro das companhias.

A solução tem se tornado uma mão na roda para as empresas, já que, em média, 70% dos processos de transformação digital nas empresas falham e ainda apresentam um ‘gap’ de 67% na contratação dos talentos necessários para iniciar essa transformação. É essa lacuna que a startup encontrou para desenvolver sua plataforma, num modelo de ‘squad as a service’, o primeiro do país nesse formato.

Ao todo, a empresa já desenvolveu mais de cem projetos em todo o país para empresas como Unidas, Omo, Multicoisas e Hering, entre outras. Grandes companhias, que faturam mais de R$ 500 milhões ao ano e têm mais de 5 mil funcionários, são o principal público atendido pela startup. “Porque demandam flexibilidade, agilidade e dinamismo”, explica André Abreu, CEO da BossaBox.

O negócio tem crescido num ritmo acelerado. Para 2021, a expectativa é crescer quatro vezes, atingindo um faturamento de R$ 30 milhões, conta o empreendedor. Para se ter uma ideia, a startup faturou R$ 3,7 milhões em 2019. No ano anterior, a empresa quase quebrou, revela Abreu. Na ocasião, ele e os sócios Giovanni Salvador, Eduardo Koller e João Zanocelo tentaram levantar três rodadas de investimento, todas malsucedidas.

“Empreendedorismo é sobre escutar o cliente e construir solução adequada. É óbvio quando se fala em voz alta, mas é um conceito fácil de esquecer. Mapeamos todos os fluxos, ferramentas. Foi um processo intenso, que mudou de patamar a empresa”, conta Abreu.

Deu certo. Em 2019, a startup captou R$ 1,4 milhão em uma rodada liderada pelo fundo de venture capital Redpoint eventures, com participação de investidores-anjo. No ano passado, veio o segundo investimento, de R$ 8 milhões, capitaneado pela Astella Investimentos, e acompanhado por Redpoint eventures e pelo grupo de anjos MIT Angels.

“A dor de contratação é de todo mundo, o mercado está escasso. Plugamos as empresas, áreas de negocio e inovação e permitimos que tenha equipe de TI apoiando o desenvolvimento de projetos”, diz Abreu. “Entrego previsibilidade e segurança financeira e propostas de desenvolvimento profissional com toda a flexibilidade, autonomia e poder de escolha de onde, como e com quem vai trabalhar”, conta.

Os planos para este ano incluem o lançamento de dois novos produtos, “com visão de SaaS com marketplace”, diz o empreendedor, sem abrir detalhes sobre as novas soluções. A ideia também é ampliar a equipe, hoje com 24 pessoas, para pelo menos 60 funcionários.

Para os profissionais que desejam aderir à plataforma, basta se cadastrar no site da empresa. Após o cadastro inicial, o usuário irá realizar testes e desafios práticos para que a empresa entenda suas habilidades e competências dentro da área em que atua. Por fim, caso o perfil do profissional se adeque a algum projeto, a BossaBox envia para o profissional a proposta para participar de uns de seus squads.

 

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