Sob nova liderança, Commvault intensifica foco no Brasil

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1:45 pm - 14 de julho de 2017

Com mais de 17 anos de experiência na indústria de software, sendo os últimos nove na Dell EMC, Bruno Lobo iniciou um novo desafio na sua carreira. Há cerca de dois meses o executivo assumiu o cargo de country manager da Commvault, fornecedora de soluções de proteção e recuperação de dados, no Brasil.

A companhia, fundada em 1996 e hoje com 2,7 mil funcionários em todo o mundo, ostenta uma poderosa solução de backup e recuperação, sendo apontada por seis anos consecutivos como líder no quadrante mágico do Gartner na categoria Data Center Backup and Recovery Software. Agora, o desfio é ir além, sobretudo no Brasil, e se posicionar como uma provedora de soluções de gerenciamento de dados.

No fim de 2015 a Commvault decidiu adotar uma nova estratégia de mercado com o lançamento do Commvault Data Plataform, ferramenta única da empresa, que reúne cerca de 20 “casos de uso” – um deles backup -, pra proteger, recuperar, mover, encontrar e usar os dados. A companhia concentrou esforços em uma única plataforma para agregar diversas funções, inteira desenvolvida dentro de casa, sem recorrer a aquisições.

A solução permite ao cliente mover seus dados, independentemente do destino. Além de backup, os serviços incluem gerenciamento de dados, disaster recovery, arquivamento, proteção de end-points e self-service TI, além de “Cloudification”. “O foco é que as empresas possam coletar os dados e usá-los de forma a oferecer melhores serviços para seus clientes”, comenta Lobo, em entrevista ao IT Forum 365.

Cloudificaton e compatibilidade
A empresa adotou o termo “Cloudification” para definir uma das suas principais apostas. Trata-se da possibilidade de escolher qualquer nuvem, aplicação, storage vendor ou virtualizador, de qualquer fabricante, para mover, migrar e converter workloads a qualquer momento.

“Há uma tendência muito forte de migração para cloud, mas também para voltar alguns dados para o on-premise”, diz Lobo. Neste cenário, a Commvault quer ser mais do que uma plataforma capaz de migrar dados para nuvem, mas ser a base para um ciclo entre os mundos físico, virtual, híbrido e nuvem. Esse processo é chamado pela companhia de Cloudification.

“Está claro que as empresas tem de ir para cloud, mas e se precisar voltar? Você precisa de uma plataforma capaz de mover entre os três tipos”.

Segundo relatório da SolarWinds, por exemplo, 95% dos profissionais brasileiros afirmaram ter migrado parte da infraestrutura para a nuvem, mas, por outro lado, 30% desses mesmos entrevistados disseram que também já moveram cargas de trabalho da nuvem para infraestruturas locais no último ano. Os motivos vão desde problemas de segurança/conformidade até por preocupações com o desempenho.

Mover dados entre diferentes infraestruturas traz um novo desafio: a compatibilidade de diferentes soluções e players distintos de mercado. Essa é a outra aposta da Commvault: ser o elo de ligação entre diferentes fabricantes, sejam de armazenamento hardware, sistemas operacionais, virtual machines, big data, SaaS, entre outros serviços. “Temos compatibilidade com quase 100% das aplicações disponíveis no mercado”, garante Lobo.

Meta
O cenário de reposicionamento que a companhia enfrenta é ainda mais desafiador no Brasil. Segundo Lobo, 80% dos negócios nos cerca de 400 clientes hoje no país são soluções de backup. Mas, para o executivo, o fato de já ter a plataforma instalada facilita uma adoção de novos serviços. “Uma vez habilitada a licença de software, consegue habilitar as outras funções”, completa.

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