Sistemas legados desafiam transformação tecnológica em escolas

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10:40 am - 27 de junho de 2017

A digitalização conduz o setor educacional para uma transformação profunda. De acordo com ‘The Road to Digital Learning’, relatório de pesquisa divulgado pela Fujitsu, no entanto, muitas escolas, faculdades e universidades lutam para acompanhar essas mudanças.

A pesquisa, realizada com mais de 600 profissionais de TI, funcionários de escolas, faculdades e universidades de sete países, mostra que enquanto as instituições educacionais almejam o uso de soluções digitais para personalizar mais o aprendizado, tornando-o mais interativo e colaborativo, muitos entrevistados afirmaram estarem desestimulados em função da complexidade das tarefas. Elas são dificultadas pelos antigos sistemas de TI e frustradas pela falta de recursos.

A maioria das escolas apresenta um longo caminho a percorrer antes de ficarem prontas para investir em tecnologias avançadas, como aplicativos de estudo baseados em nuvem, realidade virtual ou aumentada – e reconhecem que devem colocar os alicerces certos e abordar lacunas de habilidades pessoais.

A pesquisa apontou que 87% das escolas primárias e secundárias não fornecem infraestrutura necessária aos estudantes: onde um dispositivo é compartilhado, em média, por três alunos. E, ao mesmo tempo, escolas, colégios e universidades se encontram sob uma pressão cada vez maior para atender às expectativas dos pais e alunos e continuar competindo – mais de três quartos (77%) esperam se tornar centros digitais de excelência nos próximos cinco anos.

A maioria dos estabelecimentos educacionais reconhece o papel que a tecnologia desempenha no apoio da educação infantil e na criação de oportunidades. Cerca de 94% acreditam que a aprendizagem personalizada é “importante” ou “muito importante” e 84% sentem o dever de preparar seus alunos para um futuro digital.

Professores x experiência digital
Embora tenham objetivos ambiciosos para adotar a aprendizagem digital, mais da metade (51%) dos entrevistados admitiu que é difícil acompanhar as mudanças tecnológicas. Isso não é surpreendente: os educadores têm uma grande quantidade de desafios para dominar, incluindo o fato que os estudantes estão cada vez mais alfabetizados digitalmente e seus professores apresentam, geralmente, maior resistência com recursos digitais, de acordo com os resultados da pesquisa.

Enquanto mais da metade (54%) dos entrevistados classifica a alfabetização digital de seus alunos como “excelente” ou “boa”, 88% concordaram que melhorar a competência digital para professores foi uma prioridade para os próximos 12 meses. Em muitos casos, isso significa que os educadores estarão focados em preparar os professores para adotar métodos e soluções de aprendizado digitais, além de capacitadores em novas tecnologias, como a tecnologia da nuvem.

Um grande número de estabelecimentos educacionais também luta contra desafios de infraestrutura. A má conectividade de rede e o hardware e software legítimos inadequados são uma dor de cabeça para muitos departamentos de TI educacionais, já que tentam encontrar a combinação certa de dispositivos, infraestrutura e aplicativos. Menos da metade (46%) dos entrevistados pensa ter os melhores dispositivos possíveis para suportar seus objetivos de aprendizagem digital, com dispositivos facilmente quebrados ou danificados por meio do uso dos alunos e prejudicados por uma segurança embutida limitada ou inexistente.

O equilíbrio dos níveis de acesso e segurança são uma prioridade para 97% dos profissionais de TI no setor educacional. Quase nove em cada dez escolas reconhecem a necessidade de reorganizarem seus dispositivos e sistemas, no entanto, orçamentos e recursos de TI são limitados. Atualmente, os orçamentos são utilizados, principalmente, em um nível de fundação. Por exemplo, 87% querem investir em suas redes sem fio nos próximos 12 meses.

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