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Seis princípios básicos da Indústria 4.0 para os CIOs

O termo Indústria 4.0 originou-se de um projeto estratégico de alta
tecnologia do governo alemão, sendo mencionado pela primeira vez na
feira Hannover Messe, em 2012. Considerada a Quarta Revolução
Industrial, o conceito engloba as principais inovações tecnológicas dos
campos de automação, controle de dados e tecnologia da informação,
aplicadas a processos de manufatura, além de considerar que as fábricas
serão gerenciadas por sistemas ciberfísico no futuro.

Este novo movimento da indústria tem seis princípios básicos nas
quais precisam e devem estar na agenda de prioridades do CIO. São elas:

▪ Capacidade de operação em tempo real – Consiste na aquisição e tratamento de dados de forma instantânea, permitindo a tomada de decisões em tempo real.

▪ Virtualização – Propõe a existência de uma cópia
virtual das fabricas inteligentes. Permitindo a rastreabilidade e
monitoramento remoto de todos os processos por meio dos inúmeros
sensores espalhados ao longo da planta.

▪ Descentralização – A tomada de decisões poderá ser
feita pelo sistema cyber-físico de acordo com as necessidades da
produção em tempo real. Além disso, as máquinas não apenas receberão
comandos, mas poderão fornecer informações sobre seu ciclo de trabalho.

▪ Orientação a serviços – Utilização de arquiteturas de software orientadas a serviços aliado ao conceito de Internet of Services.

▪ Modularidade – Produção de acordo com a demanda,
acoplamento e desacoplamento de módulos na produção. O que oferece
flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas facilmente.

▪ Interoperabilidade – Capacidade dos sistemas
cyber-físicos (suportes de peças, postos de reunião e produtos), humanos
e fábricas inteligentes comunicar-se uns com os outros através da
Internet das Coisas e da Internet.

A despeito do que é falado no mercado, de que Internet das Coisas, Big
Data e Segurança são os três pilares necessários que suportam esta nova
corrente, na verdade são as tecnologias de Cloud Computing que estão por trás
destas sustentações. Cloud é pilar fundamental para as indústrias a caminho do conceito 4.0.

Se olharmos as principais vantagens para o negócio na adoção do
modelo na nuvem, que são agilidade, flexibilidade e colaboração – vemos
como a modalidade se torna um complemento aos princípios da Indústria
4.0. É muito importante que o CIO , CTO e todo os C-level possíveis
estejam alinhados com a estratégia e, sobretudo, saber qual tecnologia é
mais favorável ao seu modelo de negócio.

Trazendo a tendência para o mercado de Cloud Públicas, temos
atualmente dois dos principais líderes de mercado, leia-se AWS e
Microsoft Azure, focados em diversas ofertas nos modelos IaaS, PaaS e
SaaS com o intuito de atender os princípios da Indústria 4.0. Por
exemplo, para implementar a capacidade de operação em tempo real pode-se
usar na Azure o Machine Learning, um serviço no qual permite facilmente
construir, implementar e compartilhar soluções de análise preditiva.

Há também a opção do Stream Analytics que pode desenvolver e
implementar rapidamente soluções de baixo custo com o intuito de obter
insights em tempo real a partir de dispositivos, sensores,
infraestrutura e aplicações. O principio de Descentralização pode-se
usar o Data Factory, módulo focado na movimentação e integração de dados
de múltiplas fontes.

Analisando as ofertas da AWS podemos atender Orientação a serviços
com toda sua gama de serviços EC2 (Compute), S3 (Storage) e RDS
(Database) em conjunto com seu modelo de pagamento On-Demand ou Upfront.
Para Interoperabilidade, o AWS IoT, plataforma que permite conectar os
dispositivos com facilidade e segurança em caminhões, lâmpadas e
esteiras, além de poder interagir com aplicativos em nuvens.

Em resumo, como temos uma variedade de ofertas e modelos, é muito
importante que as áreas de negócio da indústria, tais como produção,
logística, marketing, vendas e outras, consigam demonstrar claramente
seus desafios com a indústria 4.0. Dessa forma, a área de TI consegue
definir em conjunto os melhores fornecedores e serviços a fim de atender
esta neo revolução industrial, fazendo o seu real papel, o de agente
transformador da mudança.


(*) Bruno Faustino é diretor de tecnologia e novos negócios da Sonda IT

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