Saúde 4.0: tecnologia facilitará a experiência do paciente no centro

Metaverso já é realidade em alguns hospitais para treinamento, mas ainda é desafio para ampla utilização

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3:34 pm - 29 de setembro de 2022
ia saude inteligência artificial

A importância da tecnologia para o setor de saúde ficou ainda mais evidente durante a pandemia do novo coronavírus. Mirando essa necessidade, a Johnson Johnson MedTech realizou hoje (29) a 1ª edição do J&J Health Path Day.

Em seu primeiro painel, Marene Allison, J&J CISO global e ex-agente especial do FBI, citou dados sobre a cibersegurança. De acordo com a Forbes, os ataques cibernéticos na área de saúde aumentaram 71% em 2021, sendo 28% deles ataques de ransomware. Além disso, custos médios globais de violação de dados foram US$ 4,22 milhões e, especificamente para a área de saúde, US$ 9,32 milhões, segundo a IBM.

Em seguida, Cristiano Moreira, gerente de produtos da Embratel, resumiu o momento de Healthcare 4.0 em: reabilitação; monitoramento dos sinais físicos e patalógicos; monitoramento, prevenção e autogerenciamento do bem-estar; monitoramento de ingestão de medicação e farmacêutica inteligente; personalização da assistência técnica; sistemas de informação da saúde baseados em nuvem; telemedicina, telepatologia e monitoramento de doenças; e assistência à vida.

“Para isso, a primeira coisa necessária é colocar a cultura e a pessoa no centro, não adianta pensar que a máquina vai substituir a pessoa. A gente passou pela evolução e boa parte dela é retirar os dados em papéis e colocar em um big data. Agora, com essas informações estamos tendo insights. O 5G é uma infraestrutura não é um grande robô que vai mudar o mundo”, resumiu o executivo.

Rodrigo Gosling, CDIO do Hospital A. C. Camargo Cancer Center, complementou ao dizer que o processo de acúmulo de dados está em um momento crítico para a tomada de decisões. “Passa por um impacto cultural onde as pessoas têm que ter uma preocupação com a entrada, consumo e interpretação dos dados. Tem muita ferramenta e informação, mas ainda há o desafio de como interpretá-las não somente olhando para o futuro, mas como usá-las no dia a dia.”

O terceiro painel do dia focou no engajamento do paciente no ambiente digital e no metaverso. Suzana Araujo, especialista da área, citou a busca entre todas as indústrias do crescimento unindo a parte técnica com a parte de negócios.

“Ainda estamos entendendo desde a capacidade do processamento das interações humanas no metaverso, de milhares de pessoas ao mesmo tempo fazendo as interações, como vamos processar isso? A gente ainda não está preparado, a gente está se preparando”, alertou.

Por fim, Diego Aristides dos Santos, superintendente de inovação, agilidade e transformação digital do Hospital Sírio-Libanês, a instituição tem duas linhas de atuação nesse sentido. Dentro de educação e pesquisa, realidade aumentada, VR e metaverso já está no dia a dia para a educação do profissional de saúde, replicando treinamento e descentralizando a forma de ensino.

“Quando falamos de paciente, esse é um grande desafio. Como a gente consegue fazer o engajamento do paciente para que ele consiga ter acesso e ter o atendimento e o olho no olho que precisa. A tecnologia vem para facilitar o olho no olho”, finaliza.

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