As autoridades do governo da Rússia anunciaram um investimento de RUB$ 50 bilhões (cerca de US$ 790 milhões) em um projeto de desenvolvimento de um computador quântico. Com o investimento, o país eslavo entra na disputa global pela supremacia quântica. As informações são da Nature.
De acordo com a revista científica, os RUB$ 50 bilhões serão investidos durante os próximos cinco anos. O dinheiro será o responsável por financiar primeiramente pesquisas quânticas básicas que devem ser realizadas nos principais laboratórios do país.
O anúncio do investimento foi feito por Maxim Akimov, vice-primeiro-ministro da Rússia, no dia 6 de dezembro, durante um fórum de tecnologia em Sochi, cidade do litoral sul do país, fronteira com a Geórgia.
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O investimento em computação quântica faz parte do projeto de investir no total RUB$ 258 bilhões em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias digitais. O governo russo considera o investimento em tecnologia e desenvolvimento digital vital para a modernização e diversificação da economia do país.
Aleksey Fedorov, físico quântico no Russian Quantum Center (RQC), que fica em Skolkovo, perto de Moscou e é um dos centros de pesquisa mais importantes do país, acredita que o investimento “é um verdadeiro impulso… Se tudo der certo, como planejado, essa iniciativa será um grande passo para levar a ciência quântica russa a um padrão de classe mundial”, explica.
A computação quântica se baseia em conceitos e elementos da física quântica, onde elementos podem existir em estados diferentes, ao mesmo tempo. Diferente da computação tradicional onde um bit pode ser 0 ou 1, na computação quântica esse valor pode ser 0 e 1 ao mesmo tempo.
Os estados da computação quântica são incompreensíveis pelo ser humano. No caso, os pesquisadores são capazes de manipular a física quântica para realizar cálculos muito complexos ou longos, que um computador tradicional sofre ou é incapaz de resolver. Os bits quânticos, ou qubits, como são chamados, são capazes de processar informações de uma forma exponencialmente mais rápida que os bits binários.
Quebrar criptografias pode ser uma tarefa fácil para um computador quântico, por exemplo. No entanto, mesmo “atrasados”, Ilya Besedin, engenheira da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia de Moscou acredita que ainda há muito o que explorar.
“Há muito potencial aqui, e acompanhamos muito de perto o que está acontecendo no exterior”, diz. O protótipo de computador quântico russo tem um processador que opera com dois qubits. Diferente do computador quântico do Google que opera com 53 qubits, por exemplo. “Ninguém está perto da capacidade de computação quântica necessária para aplicações práticas… Existem muitos desafios técnicos, e todos estamos procurando novos caminhos a serem explorados. Com um apoio sério do governo, isso se tornará uma oportunidade de pesquisa muito interessante na Rússia”, conclui Besedin.
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