Realidade estendida: novas interações e oportunidade de negócios

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10:22 am - 09 de novembro de 2017

As realidades virtual, aumentada e misturada são inovadoras linguagens de comunicação, cujo exponencial potencial está quase que completamente inexplorado. Juntas, elas formam um novo conceito denominado realidade estendida (XR, na sigla em inglês), apontado como o futuro da mobilidade. Ele se caracteriza por oferecer outros tipos de interação além da visão, audição ou tato, permitindo maiores sensações através de simuladores.

Essa nova linguagem irá revolucionar diferentes setores, principalmente o da educação, servindo como uma ferramenta de transformação. É o que reiterou durante apresentação no IT Forum Expo 2017, Rawlinson Terrabuio, cofundador e CMO da Beenoculus, startup desenvolvedora de óculos que transforma um smartphone em um ambiente de realidade virtual.

“A linguagem da realidade virtual se aproxima da dos jovens e faz com que o processo de ensino se transforme em uma experiência única e marcante. Ao apresentar conteúdos teóricos de forma visual, abrimos um mundo de possibilidades que estimulam a vontade de saber sempre mais”, argumentou.

Longa jornada

De acordo com o executivo, ainda estamos no início da jornada rumo à realidade estendida, em fase de testes e experimentos de tecnologias para a criação do modelo ideal de display. “A evolução da XR levará ainda pelo menos 30 anos, mas a oportunidade de negócio será imensa. Acreditamos que em dez anos ela já esteja em funcionamento”, declarou.

Ainda segundo Terrabuio, será necessário tempo e dinheiro para resolver alguns problemas de design e funcionalidades tais como novas tecnologias de displays, iluminação, rastreio de movimentos, bateria e conectividade. Através de novos algoritmos, objetos virtuais poderão ser confundidos com os reais.

Ao firmar recentemente uma parceria com a Qualcomm, a Beenoculus espera desenvolver e disseminar a tecnologia de realidade estendida na América Latina. Com um protótipo de headset já utilizado por algumas empresas, a startup espera trazer a manufatura do dispositivo, atualmente fabricado na Ásia, para o Brasil em pelo menos dois anos.

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