Quase 60% das empresas sofreram violações de segurança nos últimos três anos

Dados são da pesquisa da Bitdefender. Rapidez na reação aos ataques é diferencial estratégico de segurança

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10:00 am - 19 de novembro de 2019

Aproximadamente 57% das empresas analisadas por um estudo da Bitdefender, empresa romena de segurança digital, informaram terem sido vítima de ataques hacker contra seus sistemas cibernéticos entre 2017 e 2019. Para a pesquisa “Hacked Off!”, a empresa entrevistou mais de 6 mil profissionais de segurança de todo o mundo. O estudo está disponível em inglês, pelo link.

O levantamento revelou também que, mesmo muitas empresas alegando não terem detectado tentativas de invasão, isso não significa que elas estejam seguras: 36% delas admitem que poderiam ter sido, ou que ainda continuam sendo vítimas de ataques cibernéticos, mesmo sem perceber.

Além disso, 78% das empresas consideram a rapidez da reação como diferencial estratégico de segurança. No entanto, apenas 34% das empresas se dizem aptas a identificar ataques num prazo de até 24 horas. Outras 28% levam até sete dias, 16% podem levar até um mês, 9% podem demorar até seis meses, 3% até um ano e 1% pode levar mais de um ano para descobrir o ataque.

Com relação aos tipos de ataque analisados, a maioria aponta o phishing como a tática mais empregada contra empresas, uma taxa de 36%. Infecções por Trojans e Ransomware dividem quase a mesma porcentagem, sendo 29% e 28% respectivamente. Além disso, 24% das empresas acusam ter sofrido ataques de DDoS, 22% em redes sociais e 20% apontam ataques por múltiplos vetores (APTs).

Setores mais procurados por cibercriminosos

O estudo se preocupou também em identificar quais setores das empresas são os mais procurados por cibercriminosos, sendo o financeiro, a área que mais sofreu violação nos últimos 3 anos, com uma taxa de 19%, seguida pelo administrativo com 15% e o marketing com 14%.

Só no ano de 2019, a maior parte dos ataques, 14%, foi originada de fatores externos, como malwares ou prestadores de serviços terceirizados. A empresa informa que esse número, no entanto, cresce com o passar dos anos, em 2017, por exemplo era de apenas 12%.

Eduardo D’Antona, coutry partner da Bitdefender acredita que apesar de o número de ataques ainda ser alto, as organizações estão ficando mais responsivas na detecção e mitigação dos riscos.

“Com todas as limitações de orçamento e com a sofisticação dos ataques, nosso conselho é focar nas áreas críticas de melhoria. Soluções de última geração já estão acessíveis para todo tipo de empresa, desde as pequenas até as grandes. As ferramentas de detecção e resposta a incidentes atingiram uma base de custo compatível e já são aclamadas por 7 de cada 10 profissionais que responderam a pesquisa”, afirma o executivo.

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