Qualcomm está pronta para 5G

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12:42 pm - 01 de março de 2017

Fundada em 1985, no Estados Unidos, a Qualcomm nasceu com vocação para provocar mudanças e inovar. E assim tem sido desde então, assegura Rafael Steinhauser, presidente da companhia para América Latina. Agora, a empresa mira novidades em 5G e se diz bem posicionada e pronta para atuar nesse mercado em evolução.

“Somos detentores da maior parte das patentes essenciais das redes 3G e 4G e assim vamos seguir para 5G. Para nós, quanto antes a nova geração de internet móvel chegar, melhor. Estamos prontos”, assinalou o executivo.

Ele lembrou que a indústria tem-se esforçado para liberar o 5G antes do esperado. No fim de semana, durante o Mobile World Congress (MWC) 2017, realizado em Barcelona (Espanha), diversas fabricantes, como Qualcomm, AT&T, NTT Docomo e SK telecom, se uniram para acelerar a finalização da proposta do padrão 5G New Radio (NR). A primeira especificação fará parte da versão 15, padrão global 5G que utilizará as bandas de espectro 6GHz e mmWave.

Antes, o mercado falava que a nova geração de internet móvel se tornaria realidade em 2020. Mas, agora, as empresas se uniram para antecipar a novidade para 2019. “5G está, de fato, logo aí”, disse o executivo, completando que equipamentos comerciais que suportam o novo padrão já estarão no mercado no final de 2018.

Steinhauser apontou que a Qualcomm saiu à frente do setor nesse quesito. A empresa anunciou no MWC novidades na área, como a expansão da família de modems Qualcomm Snapdragon X50 5G para incluir soluções de chipsets multi-modo 5G NR compatíveis com o novo padrão.

Segundo ele, os novos modems são projetados para fornecer um design 5G unificado para todos os tipos e bandas de espectro principais, ao mesmo tempo em que abordam ampla gama de casos de uso e cenários de implantação. Eles prometem oferecer maior largura de banda e mais velocidade. Os produtos comerciais que integram a família de modems estarão disponíveis para suportar os primeiros testes NR em larga escala 5G e lançamentos de redes comerciais a partir de 2019.

Durante o MWC, inclusive, a Qualcomm realizou, com sucesso, sua primeira conexão 5G com base em NR. A conexão, que foi concluída utilizando o sistema de protótipo sub-6 GHz 5G NR capaz de operar no espectro de banda média de 3,3 GHz a 5,0 GHz, demonstra como as tecnologias 5G NR avançadas podem ser utilizadas para atingir de forma eficiente a taxa de dados multi-gigabit por segundo em latência significativamente menor do que as redes 4G LTE atuais.

“Também anunciamos uma família de chipsets para o mundo 5G. A primeira leva de produtos incluirá compatibilidade 2G, 3G, 4G. Está em desenvolvimento e chegará em breve ao mercado”, adiantou o vice-presidente.

5G na América Latina
Na percepção de Steinhauser, o novo padrão não será entregue de forma massiva na América Latina. “Cada país usará parte do 5G de forma parcial geograficamente e depois ele vai se desenvolvendo”, comentou. Para ele, a região deverá receber a quinta geração, no máximo, um ano depois do mercado global, “sendo Chile, Brasil e México os que vão sair à frente nas implementação”, acrescentou.

Sobre os impactos regional e global da nova tecnologia, o executivo acredita, citando dados de ehttps://itforum.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_528397474.webpsos do tema, que seu impacto econômico se tornará uma tecnologias de propósito geral (GPT, na sigla em inglês), ou seja, tecnologias que podem afetar toda uma economia e têm o potencial de alterar drasticamente as sociedades. Para se ter uma ideia, a invenção da imprensa por Johann Gutenberg, a máquina a vapor, a eletricidade e o automóvel fazem parte da lista de GPTs.

“5G permitirá a comunicação de pessoas e, em seguida, de pessoas com qualquer coisa. Isso vai mudar nossa vida radicalmente, mais do que o smartphone. Isso pode tornar o celular um GPT em 2025, quando o 5G atingirá seu ponto de maturidade”, relatou.

O 5G, inclusive, será fundamental para o avanço da internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), comentou. Estima-se que no Brasil somará 1,2 bilhão de objetos conectados em 2025, ou seis ‘’coisas’ por pessoa.

*A jornalista viajou a Barcelona (Espanha) a convite da Qualcomm

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