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Pokémon Go: Cinco dicas de como evitar o game over para sua marca

Lançado no início de agosto no Brasil, o Pokémon Go, jogo de realidade aumentada, é considerado um fenômeno mundial e uma febre entre os brasileiros. Em menos de 24 horas no Brasil, o game tinha mais de 50 milhões de usuários. Hoje, já são mais de 100 milhões de jogadores com o aplicativo no Android. Com estes números impressionantes, muitas marcas se aproveitam da oportunidade para atrair usuários em seus estabelecimentos e tirar proveito da situação.

A chegada oficial do game no Brasil foi muito aguardada por diversas marcas que, sem dúvida, pretendem fazer a mesma coisa do que já é feito em outros países. Mas será que o que vem sendo praticado nesses países realmente é a coisa certa a fazer aqui? Para o especialista em marketing digital, Bruno Nogueira Pinheiro, em muitos casos, a resposta é não.

“O principal erro está justamente em insistir na publicidade da marca, como um anúncio, aproveitando a onda. Existem cases de bancos, fast foods, companhias aéreas e até mesmo de times de futebol, para promover a contratação de um jogador, associando a marca ao game. O que as marcas não perceberam é que o usuário não entrará em um estabelecimento porque ela está associada com o jogo, mas sim para caçar os monstrinhos virtuais”.

Segundo Pinheiro, com uma publicidade mais leve, e feita de acordo com a época atual, em que a Realidade Aumentada deixa de ser tendência, novos tipos de marketing necessitam de cuidado para que sejam bem sucedidos. Confira alguns:

Recompensas
O aplicativo Luresquad, que ainda não está disponível no Brasil, já está na frente e tem ajudado  empreendedores a aumentarem as visitas em seus estabelecimentos  por meio da geolocalização. São mais de 50 mil visitas e 200 negócios cadastrados.

O Pokémon Go habilita uma função – após pagamento – que atrai pokemons para o estabelecimento por tempo limitado (30 minutos em média). A grande sacada é que, com a “isca” ativada, usuários podem ir até o estabelecimento e receber recompensas (virtuais ou reais) caso adquira algum produto. 

Isso acaba sendo um marketing de engajamento entre o proprietário do estabelecimento e o usuário, com grandes chances de aumentar o ticket médio da empresa.

Locais Patrocinados

Para quem não sabe, o Google é um dos principais acionistas do Pokémon GO, junto com Nintendo e Niantic. De acordo com uma entrevista concedida pelo CEO da Niantic, John Hanke, ao Financial Times, locais serão patrocinados da mesma forma que campanhas de marketing online são feitas.  Em resumo, isso quer dizer que as marcas que utilizarem desta ferramenta serão cobradas por custo de visita. Atualmente o Custo por Clique (CPC) acaba sendo uma forma de monetização e mensuração de resultados já utilizados pelo Google. 

Outro ponto que deve acontecer em breve é o aceleramento de uma incubação de pokemon. A loja pode “ajudar” a acelerar o seu desenvolvimento, mediante a compra de um produto.

Patrocínio de Torneios ou Equipes
Interagir com os usuários, de forma engajada, deve ser vista como principal objetivo das marcas. Portanto, além das dicas acima, inúmeras possibilidades podem proporcionar para o sucesso de uma campanha junto ao Pokémon GO, como o fato de  patrocinar torneios, nos super ginásios, seja virtualmente ou no mundo real.  São esses eventos que irão mostrar que a marca está dando boas vindas.

Jogadores podem se transformar em embaixadores da marca. Hoje, já vemos equipes sendo patrocinadas para outros games, como League of Legends. Portanto, apostar em um jogador ou equipe, que leva a marca para diversos locais pode ser uma grande oportunidade.

Pokéstops
São os pontos de encontro dos competidores. Uma empresa pode se tornar um pokéstop ou mesmo academia de treinamento, atraindo a presença de várias pessoas, utilizando técnicas como descontos em produtos, cursos ou até fornecimento de nível de conteúdos.

Pokémon Go já é obsoleto
Realidade aumentada já existe há muito tempo, mas não havia decolado até o início deste mês. Ela chegou para ficar e trazer novos desafios para as marcas que querem aproveitar esta onda, mas de forma particular. Quando grandes marcas entrarem para valer, a concorrência será pesada, partindo da análise de que a plataforma utilizada hoje é simples, e outros recursos podem ser utilizados nos games de realidade aumentada, como mapas em 3D e interatividade por voz com pessoas de qualquer lugar do mundo.

Resta agora aguardar para saber como as marcas brasileiras irão se comportar em um oceano cheio de oportunidades, no qual fazer o básico pode ser o game over para essas oportunidades.

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