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Com Pix e agenda do Open Banking, Mercado Pago está otimista para 2021

Puxado por movimentações como a rápida adoção do Pix pela população e pelo engajamento que teve em suas plataformas por conta do auxílio emergencial e do saque emergencial do FGTS, o Mercado Pago anotou resultados positivos ao longo do ano passado.

Resultados financeiros do terceiro trimestre de 2020 deram conta de mais de 20 milhões de usuários ativos no aplicativo Mercado Pago. Em dezembro do ano passado, a empresa também registrou 10 milhões de vendedores ativos, de pequenos negócios a grandes redes.

Não é surpresa, portanto, que a companhia veja 2021 com otimismo. Em um evento para a imprensa nesta quinta-feira (28), Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago, falou sobre essas perspectivas e sobre as tendências positivas que empresa enxerga para o setor de serviços financeiros ao longo do ano – incluindo o potencial de agendas como o Open Banking e a Nova Norma de recebíveis.

O vetor de crescimento de destaque segue sendo o Pix. Ao longo do ano passado, a empresa se preparou para a chegada do novo meio de pagamento implementando soluções como maquininhas com opção de gerar um QR Code para transações via Pix, e agora está pronta para conquistar mais espaço com o sistema.

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Para este ano, a aposta é na aceleração da adoção do Pix pelo grande comércio, um setor que, segundo Oliveira, ainda não praticou uma “aceitação universal” do meio de pagamento.

“Ainda tem um desafio de educação, de entendimento, que as pessoas entendam melhor como utilizar esse meio de pagamento no comércio”, pontua. “Na outra ponta, ainda tem o desafio de adoção pelo comércio, que é o que a gente vem trabalhando para permitir ao comércio facilmente aceitar o Pix como meio de pagamento, nas lojas ou mesmo no mundo ambulante”.

Alguns sinais dessa aceitação, no entanto, já começam a se manifestar. Nesta quinta, a fintech anunciou que suas duas primeiras grandes parcerias de varejo para a solução de Pix, com o Burger King e com a C&A. Com o acordo, as transações Pix das duas redes serão operadas exclusivamente pela fintech. A tarifa para o vendedor de recebimento do Pix através do Mercado Pago é de 0,99%, inferior aos percentuais de crédito e débito.

A aposta no Pix não significa que a empresa deva tirar os olhos de outras soluções de pagamento, vale ressaltar. Questionado, Oliveira defendeu a solução apenas como uma nova alternativa de pagamento, mas não como uma substituta completa da tradicional máquina de cartão.

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“Do nosso ponto de vista, o que a gente quer é que o usuário não perca vendas. Se ele vai processar o pagamento com cartão de crédito, de débito, via maquininha, via QR Code, via Pix, se vai receber uma transferência, a gente quer que ele cresça”, indica.

“A maquininha é complementar ao Pix, ela aceita o cartão de crédito, o parcelado, o cartão de débito. As coisas ainda vão ser complementares pelos próximos meses e, talvez, até um pouco de anos”, completa.

Além do Pix, duas apostas positivas para o ano são o Open Banking, implementação que a empresa acredita ter potencial de trazer novos produtos e serviços através de novas formas de distribuição, e a Nova Norma de Recebíveis, que promete redução dos juros em empréstimos e mais flexibilidade para antecipar.

O Open Banking, em especial, é uma área de interesse da companhia. Segundo Oliveira, a agenda tem o potencial de tirar as “assimetrias de informação do mercado”, estimulando a competição com base na capacidade de gerar inteligência de informação, melhor experiência, e propostas diferenciadas para o cliente com base em dados.

“A gente tem uma base de dados e de informação grande, que cruzada com a com a informação financeira que vai estar aberta do cliente pode entregar uma proposta de valor não só no mundo financeiro, mas também no mundo de e-commerce”, explica. “Juntar essas duas pontas, a questão financeira com informação de comércio, a gente pode entregar propostas de valor de n produtos, seja financeiro ou de compras, bastante mais fortes”.

Por fim, outros planos da empresa para 2021 incluem o lançamento de mais opções de investimento para usuários, novas opções de crédito para vendedores pessoa física, novas soluções seguras de processamento de pagamento online, novos produtos para empreendedores e novas soluções para conta digital.

Esta última vertical, aliás, teve um resultado notável em 2020: segundo Oliveira, 7 milhões de pessoas utilizaram a conta digital do Mercado Pago para a transferência de seus auxílios emergenciais. Para 2021, a empresa espera melhorar a oferta, tornando-a mais atrativa para estimular sua utilização para novos usuários e usuários já existentes.

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