Oyo e Softbank criam joint-venture da startup focada na América Latina

Chamada Oyo Latam, marca tem planos de adquirir 1 mil hotéis, como em Brasil e México; parte do investimento será extraída de fundo latinoamericano

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10:00 am - 10 de setembro de 2020

Henrique Weaver, chefe da startup de hospitalidade Oyo Brasil disse em entrevista à Reuters que o SoftBank Group está assumindo papel direto na gestão das operações da empresa por meio de uma joint-venture que controlará todos os hotéis da região.

De acordo com Weaver, a empresa recém-formada chamada Oyo Latam, vai adquirir mais de 1 mil hotéis, principalmente no Brasil e no México. A SoftBank, como maior investidor da Oyo, usará parte de seu fundo de US$ 5 bilhões na América Latina para investir na nova empresa. Weaver disse que ambas as empresas teriam representação igual no conselho, mas não disse quanto a SoftBank investirá.

O braço hoteleiro da empresa indiana foi afetado diretamente pela crise da Covid-19 e funcionários precisaram ser dispensados. A Oyo, avaliada em US$ 10 bilhões em sua rodada de arrecadação de fundos mais recente, foi forçada a cortar custos e controlar sua estratégia expansionista nos mercados globais, devido à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com a Reuters, isso mostra o empenho do investidor japonês em garantir que a empresa indiana continue no caminho certo e é o último sinal que a SoftBank está supervisionando mais de perto as operações da Oyo em mercados como China, Índia e Japão, disseram três fontes familiarizadas com o assunto.

A SoftBank, diz a publicação, fez grandes baixas em apostas, incluindo a empresa de escritórios compartilhados WeWork, e quer evitar um destino semelhante com a Oyo, na qual investiu mais de US$ 1 bilhão, disse uma das fontes que está diretamente familiarizada com o pensamento da SoftBank.

Uma porta-voz da Oyo disse à Reuters que a SoftBank é como qualquer outro investidor na empresa com um assento no conselho e que a Oyo é “uma empresa gerenciada pela administração e governada pelo conselho”.

“Qualquer descrição de que Oyo está sendo gerenciada, ou há qualquer ‘supervisão adicional’ (formal ou informal) ou de outra forma, é apenas especulação da mídia e completamente falso”, disse a porta-voz.

O fundo Latam da SoftBank investiu US$ 75 milhões nos negócios da Oyo na região, disse uma fonte com conhecimento do assunto.

Weaver disse à Reuters que a Oyo acreditava na América Latina, que apresentava um crescimento super rápido, mas a pandemia obrigou a empresa a demitir 500 funcionários no Brasil, deixando-a com uma força de trabalho de 140 pessoas. Ela também cedeu o escritório físico e reduziu as despesas operacionais.

Antigamente, uma das maiores cadeias de hotéis do mundo em número de quartos, a Oyo já liberou centenas de funcionários nos Estados Unidos e na Europa e fechou escritórios em outros mercados globais. Na Índia e na China, começou a cortar custos e número de funcionários já em janeiro, diz a reportagem.

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