Os impactos do aumento da complexidade operacional sobre o tratamento de dados

Empresas encontram na tecnologia uma aliada estratégica para conciliar as fontes de dados

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12:31 pm - 29 de setembro de 2020

Normalmente, estar em uma condição de expansão dos negócios é sinônimo de lidar com um número cada vez mais elevado de informações cruzadas e dispersas pelo ambiente operacional da empresa. Para as instituições financeiras, esse cenário ganha novos ares de urgência, considerando a dinamicidade de uma rotina de trabalho em que a figura dos dados é fundamental para o sucesso das operações, seja no âmbito interno ou no relacionamento com o cliente.

No caminho para controlar essa dinâmica operacional e processual, gestores encontram alternativas palpáveis para sustentar a existência de um processo digital unificado e centralizado, capaz de explorar o real potencial analítico dos dados disponíveis. Soluções tecnológicas encabeçam essa movimentação rumo à inovação, sendo importante compreender a real proposta de valor no cotidiano dos profissionais.

Consequências de uma estrutura interna fragilizada

Nos últimos anos, as empresas, de modo geral, vêm se deparando com um aumento considerável nos volumes operacionais. As motivações por trás dessa questão são diversas, desde a necessidade de registro dos diversos pontos de contato do cliente com a organização até a demanda por controles eficazes, integrações e guarda de informações. Nesse contexto, o uso de métodos manuais prejudica a análise, o cumprimento de obrigações e execuções necessárias para a criação de parâmetros internos, auditorias e até a efetividade da própria gestão.

Em decorrência dessa falta de assertividade nos processos, torna-se comum o surgimento de gargalos, acúmulo de tarefas e a dificuldade das equipes para acompanhar prazos estabelecidos previamente. Tudo isso contribui para que a concepção quanto ao funcionamento dos procedimentos realizados habite um campo nebuloso ao olhar do gestor, que permanece à deriva de falhas críticas perigosas para o andamento do negócio.

O trunfo da tecnologia e a importância de se conciliar

Altos e crescentes volumes de dados, diversos sistemas e fornecedores, múltiplos formatos, falta de padronização, dentre outras características da atual complexidade dos ambientes operacionais, são aspectos que por si só implicam na necessidade do uso de soluções de automação. O que significa, em termos práticos, inserir a conciliação como filosofia operacional de uma empresa? Se a organização conta com duas ou mais fontes de dados, não é preferível que exista uma política de aproveitamento do que essas informações têm a oferecer?

É justamente nesse sentido que plataformas sistêmicas de conciliação podem atuar de forma a criar uma visão unificada das diversas fontes de dados, independentemente dos formatos e naturezas estruturais. Visando a simplificação de procedimentos padronizados, a tecnologia puxa para si a responsabilidade de conceder a agilidade necessária para que o controle e o acompanhamento das etapas de conciliação sejam realizados diariamente. O resultado é a obtenção de ganhos profundos para a produtividade e eficiência das equipes, uma vez que desempenharão suas atividades sobre bases íntegras e confiáveis.

A substituição de processos manuais, eliminando o uso de planilhas e soluções departamentais, ao contrário do que se pode imaginar à primeira vista, não tem como objetivo final ofuscar a participação das pessoas no dia a dia corporativo. O ato de se conciliar se estende à criação de insumos para que a figura humana seja valorizada, exercendo uma função inteiramente estratégica, utilizando seu tempo de forma mais nobre, substituindo atividades operacionais pelas analíticas.

Influência positiva para instituições financeiras

Empresas bancárias e organizações financeiras lidam com uma quantidade elevada de informações críticas e de pleno caráter pessoal. Não se pode abrir espaço para que erros manuais comprometam a integridade dos materiais armazenados. O caminho pavimentado pela implementação tecnológica vai ao encontro dessa mentalidade. A consolidação de processos de conciliação, centralizados em um único repositório, somada à visibilidade de dados cuja qualidade é assegurada, provoca efeitos benéficos para a governança corporativa como um todo.

Segurança para tomar melhores decisões, referenciais analíticos para escolher o modelo mais adequado de relacionamento com o cliente, otimização de procedimentos e clareza para formular planejamentos de acordo com a realidade apresentada são benefícios plausíveis de se alcançar através da abrangência obtida pela iniciativa de se conciliar. Contextualizando o quadro empresarial do país, ainda afetado pelos efeitos ocasionados por conta da pandemia global, a junção de componentes operacionais e tecnológicos que visem contribuir com os controles decorrentes do aumento de volumes transacionados é uma alternativa extremamente bem-vinda para o gestor preocupado com o futuro de seu negócio.

Qual é a sua opinião sobre a conciliação de processos e o papel da tecnologia?

*Marcelo Picchioni é Diretor Comercial e de Produtos da Unidade de Soluções de Governança da Orion, especializado em Gerenciamento de Projetos e Consultoria de Negócios para bancos internacionais e nacionais. Graduado em Análise de Sistemas e Processamento de Dados pela PUC, possui MBA em Marketing pela ESPM

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