Oracle busca transformação cultural através de colaboração e transparência

Para Rodrigo Galvão, presidente da Oracle no Brasil, programa Liderança Criativa é passo para criar novos líderes para empresa

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8:14 pm - 22 de abril de 2021
Foto: Divulgação

“Fortalecer cada vez mais a cultura da empresa para que ela seja muito maior que qualquer posição ou qualquer indivíduo. É nisso que eu acredito”, assinala Rodrigo Galvão, líder da Oracle Brasil, quando questionado sobre qual gostaria que fosse seu legado para a companhia.

Vencedor da categoria Liderança do Prêmio Executivo de TI de 2021, da IT Mídia, Galvão tem buscado esse objetivo desde que chegou à presidência da empresa no País, em 2017, promovendo uma série de mudanças culturais para alinhar a Oracle às transformações pelas quais a indústria de tecnologia tem passado.

A espinha dorsal dessa meta é o Liderança Criativa, programa que busca empoderar e engajar funcionários da organização a partir de uma comunicação mais aberta e transparente. Focada na filosofia de que “toda ideia é bem-vinda”, a proposta é também estimular soluções e projetos criados pelos próprios colaboradores da Oracle, abrindo caminhos para formação de novas lideranças dentro da empresa.

“A gente começou a entender que precisava trazer mais pessoas para a liderança. Todo mundo pode ser líder da Oracle, você não precisa ter um cargo de liderança. Se você quer participar e liderar, você tem espaço para isso através de ‘n’ iniciativas que te conectam com a Oracle e com o mundo”, pontua Galvão.

Transformar a cultura de uma empresa com mais de 40 anos de existência, é claro, não é uma tarefa simples. Mas, como o próprio executivo define, sua história junto à Oracle Brasil é um “grande diferencial” para fazê-lo. Trajetórias como a dele, afinal, são casos raros.

Galvão ingressou na companhia em 2002, como estagiário da área de contratos, quando tinha apenas 19 anos de idade. Desde então, migrou para a área de vendas e galgou uma série de posições ao longo de quase duas décadas até chegar à presidência da organização no País. “Eu estou conectado com a Oracle não só por um bom plano de carreira, mas sim por um plano de vida”, brinca.

Esse histórico permitiu ao executivo acompanhar a série de mudanças pela qual a Oracle passou ao longo das últimas décadas, incluindo a migração da empresa de um modelo tradicional de venda de produtos empacotados para o atual modelo “fluido”, focado em serviços e nuvem. “Quando eu assumi a presidência da Oracle, eu entendi que a gente estava em um novo contexto. Um novo contexto de mundo, de sociedade e de mercado de tecnologia”, explica.

A partir de então, Galvão começou a promover a transformação cultural da companhia no País através do que chama de “co-participação” dos colaboradores, focando em pilares como Gente, Inovação, Satisfação de Clientes, Empreendedorismo, Diversidade & Inclusão e Educação.

As mudanças foram graduais e implementadas através de iniciativas como espaços de debate aberto com o próprio Galvão, em uma tentativa de “quebrar barreiras” e tornar a figura do CEO mais acessível. Através de encontros com representantes de todas as áreas e cargos da empresa, discussões sobre os planos da empresa, expectativas e dúvidas de colaboradores começaram a ser promovidos. Nesses espaços, as primeiras ideias de funcionários para promover melhorias para a empresa também começaram a circular.

Um dos exemplos destas ações é o Generation Oracle, um programa criado por ex-estagiários para recrutamento de novos estagiários que promove entrevistas às cegas para evitar vieses de raça, credo, idade ou sexualidade, buscando trazer talentos diversos para a companhia. A iniciativa virou anual e já teve duas edições, selecionando 45 jovens.

E, conforme pontua Galvão, além das mudanças na estrutura da companhia, o programa Liderança Criativa tem gerado impactos positivos para a Oracle também do ponto de vista de negócios.

“Quando a gente muda a nossa forma interna de agir, as pessoas percebem a gente de forma diferente, o mercado vai perceber a gente de forma diferente. Essa percepção vai fazer com que a Oracle tenha mais penetração no mercado”, avalia. “Não é só uma questão de produto, é uma questão de posicionamento. Eu posso ter o melhor produto do mundo, mas se você não se conectar comigo enquanto marca – e quando eu digo marca, eu digo pessoas, porque as pessoas representam a marca –, não vai conseguir ter negócio.”

Finalistas Executivo de TI do Ano 2021 – Indústria

Categoria: Liderança

Vencedor – Rodrigo Galvão – Presidente, Oracle

Finalista – Diego Puerta – Presidente, Dell Technologies

Finalista – Fábio Costa – General Manager, Salesforce

 

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