Oracle aposta em machine learning para combater roubo de dados

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9:41 am - 02 de outubro de 2017
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Machine learning é tão revolucionário quanto a internet”, afirma Larry Ellison, cofundador e CTO da Oracle. A definição explica a grande aposta da companhia para combater o que, para o executivo, é atualmente o principal desafio para companhias: roubo de dados. A empresa apresentou no último domingo (1/10), durante abertura do seu evento anual – OpenWorld, em San Francisco (EUA) -, duas soluções baseadas em automação: o Autonomous Database Cloud (Oracle 18c), banco de dados 100% autônomo, e uma aplicação automatizada de detecção cibernética, que identifica e reage a ciberataques em tempo real.

O grande objetivo das plataformas, segundo o executivo, é trabalhar de forma autônoma, o que garante eficácia e evita intervenções humanas, consequentemente gerando enorme redução de custos ao gerenciar o banco de dados. “Precisamos automatizar a cibersegurança, mas sem precisar desligar todo o sistema. O banco de dados, após ser notificado, precisa ser capaz de identificar e continuar rodando, sem intervenção humana. Se você eliminar trabalho humano, elimina também o erro humano”, destacou Ellison.

Na realidade, são dois anúncios em um. “Ambas trabalham juntas para prevenir roubo de dados. Fazemos de tudo para evitarmos interferências. São nossos computadores contra os deles nessa guerra cibernética.”

A Oracle garante que, com as novas soluções, poderá minimizar o tempo de inatividade planejada e não planejada do banco de dados para menos de 30 minutos por ano, ou seja, assegura 99,995% de disponibilidade.

Proteção em primeiro lugar

O executivo comenta também que o ponto chave é saber quando o cliente será atacado e, por isso, é preciso saber quando alguém está próximo dos seus dados. “Mais do que detectar, precisamos remediar imediatamente”, disse, citando mais uma característica da solução.

Ellison destaca tecnologias como carros autônomos e reconhecimento facial para mostrar o poder da inteligência artificial e do machine learning. “Computadores também precisam reconhecer dados e identificar o que é uma anomalia. O computador aprende olhando mais e mais dados. A tecnologia pode olhar diversas células e detectar uma com câncer e, da mesma forma, identificar que o CFO da empresa entrou às 3h no sistema. É um comportamento anormal”, comenta.

A plataforma será disponibilizada ao mercado a partir de dezembro. “Esse é o lançamento mais importante que fizemos em um longo tempo”, completa.

*O jornalista viajou a San Francisco (EUA) a convite da Oracle

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