A Sensedia anunciou nesta terça-feira (22) uma parceria com o Teros, consultoria especializada em soluções de inteligência de dados, para governança de open banking. A iniciativa da companhia de API management já está estruturada para operar em um modelo de open finance. Assim, os dados dos usuários são compartilhados com diversas companhias.
A parceria surgiu a partir da constatação de que a implementação de uma estratégia de open banking vai além da disponibilização de APIs. As companhias acreditam que a nova tecnologia deve ampliar a distribuição de produtos financeiros. Assim, será incorporada ao dia a dia de empresas – o que se conhece como open finance.
Esse momento pode trazer oportunidades e gerar valor para os negócios, mas exige cuidados.
Nesse contexto, em função de diversos aspectos legais e do comportamento atual dos clientes, uma governança adequada sobre os dados é essencial para mitigar riscos de várias ordens e para permitir explorar todo o potencial que essa nova regulação proporciona.
“As APIs sempre estiveram ‘presas’ ao arcabouço da arquitetura de software das empresas. Com o passar dos anos, o mercado percebeu que elas são fundamentais para a habilitação de novos modelos de negócios”, explica o diretor de Soluções da Sensedia, Fábio Rosato. O executivo ainda acredita que a tecnologia deve deixar a esfera técnica e entra, de forma definitiva, no mundo dos negócios.
A união entre as companhias têm dois objetivos principais: o primeiro é o de ajudar as empresas a implementar a regulação e cumprir simultaneamente as regulamentações de open banking e proteção de dados. “A proposta é fazer a governança do open finance através de uma série de microsserviços que complementam a tecnologia de exposição de APIs da Sensedia, impulsionando a integração de dados ao dia a dia dos negócios também com empresas não financeiras”, afirma Juan Ferrés, CEO da Teros.
A solução que a Sensedia e a Teros estão trazendo ao mercado terá padrões de comunicação para que as empresas possam não só integrar, mas oferecer novos produtos e disponibilizar seus dados com segurança, acessar outros sistemas e ter uma gestão que minimize o risco da troca de informações. Assim, a parceria deve levar em conta LGPD desde seu ponto inicial.
“O Open Banking em si é uma questão regulatória. Quando trazido e integrado a produtos de Bank as a Service (BaaS), você de fato aplica o conceito de open finance. É onde você consegue transformar o open banking em valor”, explica Ferrés.
O Open Banking não é só uma regulamentação e sim, um mundo de oportunidades para o mercado financeiro. Prova disso são os novos produtos que estão surgindo, como o Whatsapp Payment e o PIX, meio de pagamento instantâneo anunciado pelo Banco Central. Essas iniciativas contam com a troca de dados das instituições financeiras, o que é feito através das APIs. Esses novos produtos estão surgindo porque o mercado brasileiro já está de olho nas oportunidades de novos negócios que o compartilhamento de informações irá possibilitar.
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Recentemente, a Sensedia promoveu um evento online com mais de 200 gestores, CIOs e líderes para falar sobre as oportunidade trazidas pelo Open Banking. Quando perguntados sobre quais benefícios as empresas esperavam obter da regulamentação, 67% dos participantes responderam que queriam criar novos produtos e gerar receita e 44% disseram querer expandir o valor dos produtos e serviços existentes.
“Essas são as principais preocupações do mercado no momento. Ninguém pretende somente atender a regulação. Os bancos S1 e S2 olham o Open Banking talvez como algo que irão mais perder do que ganhar, mas, já que o jogo deve ser jogado, como é possível gerar valor com isso? O Open Banking, segundo o Banco Central, é algo regulatório, que não tem a premissa de gerar negócios. A regulação está focada nos dados, mas o mercado quer entender como é possível gerar receita a partir disso”, explica Rosato.
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