Open API: O que é e o que não é

Essenciais em um mundo cada vez mais conectado, ainda há entendimentos equivocados sobre elas

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8:24 am - 18 de julho de 2016
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O
termo Open API tem se tornado bastante popular e pode dar margem a
entendimentos equivocados sobre o conceito. Por isso é melhor mesmo
começar descrevendo o que não é uma Open API.

O termo API vem do Inglês Application Programing Interface
– Interface de Programação de Aplicações – e é a forma que se utiliza
para interagir com uma aplicação ou sistema. Por exemplo, uma empresa
possui um sistema de gestão de clientes e através de uma API os dados
dos clientes podem ser consultados ou até atualizados.

O
termo Open dá a entender que estamos
falando de uma aplicação totalmente aberta. Surgem então uma série de
interpretações equivocadas.

A
primeira delas é que uma Open API seria uma interface de
uso livre para qualquer um que queira usá-la. Algumas talvez tenham
autenticação, limites de tráfego, mas neste caso seriam de uso público e
livre, portanto o melhor seria chamá-las de APIs Públicas.

Outra
possível interpretação, também equivocada, seria a de que esta API
daria acesso a dados abertos, ou em inglês “Open Data”, ou seja, estes
dados poderiam ser utilizados sem restrições de patentes ou licenças.

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Open
API é o contrário de API Privada, que são as interfaces disponíveis
apenas para os desenvolvedores de dentro da organização. Private APIs são
utilizadas para permitir que sistemas se comuniquem trabalhando de
maneira coesa.


as Open APIs são interfaces externas de acesso aos sistemas e dados
internos de uma organização. Assim, uma organização pode expor seus
sistemas para desenvolvedores externos, sejam clientes, fornecedores,
parceiros ou outros interessados na integração com seus próprios
sistemas. Já existem muitas aplicações de APIs Abertas hoje em dia, por
exemplo, as operadoras de telefonia possuem API de envio SMS que são
utilizadas pelos bancos para alertar seus clientes de transações
bancárias.

As
Open APIs são essenciais em um mundo cada vez mais conectado, porque
permitem que os sistemas internos de uma organização interajam com o
ambiente externo, estendendo seus sistemas, criando novas
funcionalidades e usos que a própria organização não imaginou.

 

(*) Eduardo Prillwitz é sócio fundador da Prill Tecnologia, empresa de tecnologia de integração de sistemas

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