Confirmando uma hipótese apresentada no ano passado, a Oi publicou nesta segunda-feira (15) um fato relevante na qual publica um aditamento (nome que se dá à complementação de um documento oficial) do seu plano de recuperação judicial (PRJ), que propõe a venda de divisões inteiras da empresa para se concentrar em seu serviço de fibra ótica e sair das dívidas.
O aditamento, que ainda precisa passar por votação da assembleia de credores e pela 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, onde a recuperação judicial está em juízo, propõe a venda de alguns ativos para reposicionar o modelo de negócios da empresa, como foco em tecnologias de fibra ótica e investimentos para comportar a tecnologia de conexão 5G.
“Com isso, busca-se tornar o modelo de negócio do Grupo Oi mais sustentável, focado nas suas principais vantagens competitivas, estruturado de maneira eficiente e focada, e assegurar a continuidade do Grupo Oi e o consequente cumprimento dos meios de recuperação e pagamento de todos os créditos concursais”, explica trecho do documento.
O aditamento propõe a criação das chamadas unidades produtivas isoladas (UPIs), divisões que poderiam ser negociadas e colocadas à venda. O documento nomeia quatro UPIs:
Divisão que concentra a operação da Oi Móvel, de telefonia de dados e comunicação móvel. Para esse negócio, a empresa quer emitir 100% das ações e vendê-la ao preço mínimo de R$ 15 bilhões em dinheiro.
Focada nos serviços de infraestrutura de transmissão e radiofrequência, a divisão abrange torres móveis e redes de locais de grande circulação como hotéis, mercados, shoppings etc. Para essa operação, a Oi esperar colocar 100% das ações à venda por um preço mínimo de R$ 1 bilhão em dinheiro.
Abrange os cinco data centers que a empresa tem à disposição, negociados ao preço mínimo de R$ 325 milhões em dinheiro
Reúne a operação de redes de telecomunicações, como fibra ótica (FTTH). Para essa divisão, a Oi pretende vender apenas parte do negócio (até 51%) para manter dividendos da operação, que será vendida ao preço mínimo de R$ 6,5 bilhões.
Com a venda da divisão de telefonia, a Oi consegue ao mesmo tempo sair do estado de recuperação judicial (no qual ela está desde 2016) e, com a venda de outros ativos, reforçar o caixa para investir em novos negócios
“Nos termos do Aditamento ao PRJ, a recuperação judicial será encerrada mediante a liquidação e efetiva transferência da UPI Ativos Móveis para o seu respectivo adquirente, ou em prazo inferior, caso aprovado pelo Juízo da RJ após requerimento das Recuperandas nesse sentido”, afirma trecho do aditamento.
A divisão de participação da UPI InfraCon também reforça o objetivo já levantado pela empresa no início deste ano para consegui rum parceiro de negócios para ampliar os investimentos no setor de fibra ótica.
“Com tais medidas, busca-se que este conjunto de ativos seja suficiente para garantir a continuidade das atividades da Companhia e o pagamento de suas dívidas nos termos do Aditamento ao PRJ”, explica empresa no documento.
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