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O surgimento de líderes comunicadores pós-coronavírus

O período de quarentena tem obrigado empresários e executivos a tomarem decisões que, talvez, jamais pensaram em fazer com tanta rapidez. Os perfis mais centralizadores e tradicionais, foram os mais impactados. Qualquer questionamento já deveria estar acompanhado por soluções, impactando diretamente no negócio.

Investir em tecnologia e ampliar a flexibilidade da empresa em diversas atividades são os principais caminhos adotados por líderes frente à crise que estamos vivendo? Mas isso é o suficiente? Não basta ter as melhores tecnologias e ferramentas, se não existe uma forma de comunicação assertiva. O papel do líder agora é outro: deverá absorver e desenvolver a função de um comunicador.

Cabe a esse líder comunicador alinhar expectativas de resultados e metas de uma forma virtual, alinhando a comunicação com sua equipe. Isso vai desde a criação de uma agenda com as prioridades até a padronização na forma de contato com o colaborador.

A crise vem provocando rupturas com hábitos passados: 86% se sentem desconectados com o escritório central e 54% sentem que não têm voz, segundo dados do Workplace From Facebook. Diante disso, como as empresas estão se conectando internamente? Quem tem que estar na linha de frente e como essa pessoa se conecta com a organização?

A pesquisa revela que 63% das pessoas aguardam obter informações diárias de seus empregadores. Isso significa a necessidade de o líder humanizar mais sua comunicação com o colaborador, ao invés de apenas delegar atividades de forma remota por e-mails.

Aliás, o futuro do e-mail é debatido há anos. Sempre houve uma data para que entrasse em extinção. Isso não aconteceu ainda, porém, finalmente o função do e-mail pode ser redefinida devido ao momento que estamos vivendo.

A comunicação via videoconferência tem se mostrado cada vez mais assertiva do que a troca de mensagens de texto. Além de quebrar o “gelo”, evita qualquer erro de interpretação. Ou seja, elimina ruídos.

Hoje, a forma como os e-mails são usados pelas empresas beira o ridículo. As correntes, extintas após o surgimento do Whatsapp e Telegram, ajudam a ilustrar como a comunicação mudou ao longo dos últimos 10 anos. E é a videoconferência que ajudará a melhorar a postura do líder na cobrança de atividades, interagindo com a equipe por meio de uma conversa mais informal e a participação por meio de perguntas e respostas.

O líder comunicador já é uma realidade, mas poucos ainda possuem este perfil. O momento ideal para fazer a transição é agora, pois é tempo para erros e acertos, vivendo como em uma versão beta, ou seja, um líder em desenvolvimento.

*Carlos Baptista é professor e Coordenador do núcleo de seleção de alunos do MBA da FIAP

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