O futuro dos data centers corporativos: o que podemos esperar?

Antes, a principal função da TI era garantir a gestão de uma organização por meio de máquinas, redes e processos que sustentassem o dia a dia

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9:33 am - 11 de abril de 2022

Mais do que nunca, os data centers precisam se adaptar e evoluir. Os que são tradicionais sentem o impacto das tecnologias disruptivas da nuvem, edge computing, avanços nos serviços de colocation e hospedagem. Além disso, inovações nas áreas de energia, refrigeração, telecomunicações, Inteligência Artificial, operações, hardware e software impulsionam essa transformação dos data centers que devem estar alinhados às demandas do negócio.

Equipes de TI, com a colaboração de outras áreas do negócio e, também, de parceiros tecnológicos, precisam avaliar seus desafios e identificar necessidades específicas que devem ser levadas em consideração no projeto de evolução do data center da organização.

O novo desafio da TI

Antes, a principal função da TI era garantir a gestão de uma organização por meio de máquinas, redes e processos que sustentassem o dia a dia dos negócios.

Agora, as organizações querem acesso rápido a novas tecnologias e serviços. A TI híbrida é o novo normal. As infraestruturas orientadas aos negócios agora são simplificadas e padronizadas.

Com mudanças como essas, os líderes de TI assumem mais responsabilidades, que vão desde “manter o negócio rodando” até agir de forma proativa e se adaptar a novas tecnologias e serviços, entregando novas ferramentas e soluções.

Mais investimentos

Os investimentos na capacidade do data center precisam acompanhar o crescimento do negócio. As empresas exigem novos aplicativos para interagir com os clientes, gerenciar cadeias de suprimentos, processar transações e analisar tendências de mercado. Esses aplicativos e os dados devem ser hospedados em instalações seguras e, até hoje, as maiores empresas precisaram de suas próprias instalações para hospedar seus aplicativos e dados mais críticos.

Mas, segundo especialistas da consultoria IDC, “a nuvem desempenha um papel cada vez maior e até dominante em todo o setor de TI”. Analistas também destacam que até o final de 2021, com base nas lições aprendidas na pandemia, a maioria das empresas implementaria um mecanismo para acelerar sua mudança para infraestrutura digital centrada na nuvem e serviços de aplicativos duas vezes mais rápido do que antes da pandemia.

Processamento adequado

O futuro do data center corporativo passa inevitavelmente por um poder de processamento adequado – localmente, na nuvem e na borda – capaz de gerenciar com eficácia novos desafios em relação à largura de banda, segurança e ferramentas como Inteligência Artificial, Analytics, 5G e muito mais. A descentralização – mover dados, processamento e recursos para longe do data center local da organização ou hub corporativo, até dispositivos de borda – ajudará a permitir um processamento mais rápido.

O dimensionamento do ambiente deve ser baseado nas necessidades atuais e futuras. Quanta capacidade de data center você precisa e quando, no entanto, não depende apenas do crescimento do negócio, mas também de uma série de decisões sobre projetos de negócios, arquiteturas de aplicativos e designs de sistemas distribuídos em toda a organização.

Indo além, segundo o Gartner, até 2025 metade dos data centers em nuvem implantarão robôs avançados com recursos de Inteligência Artificial e Machine Learning (ML), o que irá gerar um aumento de 30% na eficiência operacional.

Então, o que podemos esperar do futuro dos data centers corporativos? Capacidade de processamento, flexibilidade, segurança, fácil operação e manutenção, de modo a garantir a continuidade e crescimento dos negócios. Vamos todos trabalhar em conjunto para isso.

*Ricardo Perdigão, diretor da Tecnocomp

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