As ações do banco digital Nubank fecharam esta terça-feira (18) em queda após a repercussão de uma postagem realizada por Cristina Junqueira, cofundadora da instituição, em suas redes sociais. No fechamento do mercado, os papéis do banco registraram queda de 1,18%.
Na última segunda-feira (17), Cristina Junqueira realizou uma postagem em suas redes pessoais na qual mostrava um convite para um evento promovido pelo Brasil Paralelo.
A produtora, fundada em 2016, em Porto Alegre, é considerada de viés conservador e frequentemente associada ao bolsonarismo. O conteúdo trazia um convite para a palestra “We Who Wrestle With God“, que será ministrada por Jordan Peterson, psicólogo e autor canadense que defende bandeiras conservadoras.
Na postagem, Cristina marcou os perfis do Brasil Paralelo, de Peterson e da organizadora do evento. O conteúdo também agradecia a todos pelo convite.
A imagem gerou polêmica nas redes sociais, incluindo postagens de usuários no X (ex-Twitter) que se diziam correntistas do banco digital e afirmavam que cancelariam suas contas.
A Agência Pública teve acesso exclusivo a uma nota interna da empresa na qual o presidente do Nubank, Youssef Lahrech, minimiza o episódio e reforça aos funcionários que o post não viola o Código de Conduta da instituição.
O texto de Lahrech também afirma que Cristina não tem nenhuma parceria com os organizadores do evento, e que o Nubank também não patrocina ou apoia as organizações.
O IT Forum pediu um posicionamento oficial ao Nubank e atualizará a nota quando recebê-lo.
[Atualização – 13h50]
Nesta sexta-feira, o Nubank se posicionou sobre o episódio através de uma nota de esclarecimento postada em seu site oficial. Na nota, a instituição confirma que Cristina Junqueira recebeu e agradeceu ao convite para o lançamento do livro do autor canadense Jordan Peterson
“Reiteramos que Cristina Junqueira não tem qualquer parceria com os organizadores do evento e que o Nubank não patrocina essa organização nem endossa seus conteúdos”, escreveu.
O banco digital também pontuou que tem “postura apartidária” e que “não se associa a movimentos políticos, religiosos ou ideológicos”. “Possuímos um Código de Conduta que promove os direitos humanos, estabelece um padrão ético rigoroso e não tolera atividade ilícita, discriminatória ou abusiva de nenhum tipo”, diz ainda a nota.
*Com informações de Agência Pública
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