No futuro do trabalho, desktop e infraestrutura como serviço serão fundamentais
Pandemia catalisou um processo que já vinha sendo maturado pelas grandes empresas
O mercado mundial de serviços de nuvem pública deve crescer 6,3% em 2020, segundo estimativa da consultoria Gartner em estudo divulgado em julho. O principal propulsor deste número é necessidade das empresas de oferecer suporte a trabalhadores remotos e reduzir custos e o desktop como serviço garante o maior crescimento.
Segundo o Gartner, o Desktop as a Service (DaaS) deverá ter o crescimento mais significativo ainda em 2020, aumentando 95,4% ano a ano para US$ 1,2 bilhão. A pandemia catalisou um processo que já vinha sendo maturado pelas grandes empresas. O serviço é a opção mais acessível nas companhias que estão incentivando o aumento de funcionários remotos, sem esquecer da segurança de dispositivos e aplicações corporativas em redes domésticas.
Escolas, bancos, call centers, varejistas e diversos outros setores tiveram (e terão) que se digitalizar cada vez mais para se adequar à nova realidade. A digitalização rápida de processos de Virtual Desktop Infrastructure (VDI) – ou Virtualização de Desktops – para home office e videoconferências demonstrou o quanto as iniciativas de transformação digital agregam valor.
Já estamos começando a vivenciar ares mais otimistas com relação a economia e que investimentos em tecnologia serão destravados. No último boletim Focus, do Banco Central, a mediana de cerca de 70 estimativas de consultorias e instituições financeiras, passou a se mover para cima no início do mês passado, saindo de queda de 6,5% para recuo de 5,8% do PIB.
Depois que esta crise finalmente acabar, temos que olhar o copo meio cheio. O isolamento social por consequência do coronavírus nos evidenciou como é essencial que o ambiente corporativo carregue consigo conceitos importantes de escalabilidade e flexibilidade. Já mudamos radicalmente e, em um futuro muito próximo, iremos mudar mais e faremos negócios de formas cada vez mais diferentes do que antes. A pandemia nos fará mais inovadores.
*Paulo Asano é sócio fundador da POPULOS
