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Na guerra contra Covid-19, remédio do GNDI veio da TI

Tudo começou no softball. É o que diz Nancy Mitiko Abe, diretora de TI da GNDI – Grupo NotreDame Intermédica, ao contar como teve início a sua trajetória em tecnologia. Integrante de um time desse esporte, um colega da equipe masculina, aluno da Escola Técnica Federal de São Paulo (ETFSP), despertou seu interesse por um ensino mais “puxado”. “Uma forma de eu me preparar melhor para garantir meu ingresso na universidade”, projetou Nancy.

Na ETFSP, a executiva concluiu o curso de Eletrônica e depois o de Processamento de Dados. Mas o estágio no Serpro, convivendo com profissionais de TI, acionou o alerta definitivo para direcionar a sua carreira à tecnologia da informação. Ali nascia a semente que daria origem à diretora de TI do Grupo NotreDame Intermédica, uma operadora de Saúde com rede própria de centros clínicos, hospitais e prontos-socorros para atender mais de 6,3 milhões de beneficiários.

“Na minha jornada até aqui, depois de formada em Processamento de Dados, no Mackenzie, trabalhei em empresas importantes e até em banco, e destaco a Origin, onde permaneci por 12 anos, atuando em várias áreas, até de pré-venda, que me deu uma outra visão do negócio”, relata Nancy. A autonomia concedida pela Origin, ela diz, permitiu desenvolver criatividade, versatilidade e flexibilidade. “Tínhamos de criar produtos, estruturar serviços, assim passei por todas as disciplinas de TI, uma escola.”

O ingresso no GNDI aconteceu em setembro de 2016, com o desafio de fazer a transformação da TI. Uma meta grandiosa, considerando seus mais de 20 hospitais e mais de 80 centros clínicos.

“Quando cheguei, a rede tinha apenas oito hospitais e 35 centros clínicos. E não para de crescer. E nesse período até então, o grupo comprou mais de 30 empresas. Somente durante a pandemia, comprou 12 companhias. O que ampliou os desafios dessa transformação. Éramos 80 no time da TI, hoje somamos 200”, relata.

Toda essa experiência foi posta à prova quando a pandemia atingiu em cheio à operação, por estar em um setor crítico com o compromisso de atender também pacientes contaminados pelo coronavírus. O projeto “Guerra contra Covid-19”, que foi colocado em prática da noite para o dia, consagrou Nancy vencedora do Prêmio executivo de TI do Ano 2021, na categoria Liderança.

Guerra declarada

Foi, de fato, uma operação de guerra, lembra Nancy. O primeiro desafio foi a ação emergencial de colocar os colaboradores em home office. “Mas não havia computadores disponíveis no mercado para compra. Demanda muito alta. Assim, a saída foi deslocar para suas casas, de imediato, 600 pessoas que tinham notes. Mas no final de 15 dias, na segunda quinzena de março, 2 mil profissionais do grupo estavam em home office. Mas este não foi o único desafio. O hospital, direcionado especificamente para pacientes com coronavírus, estava em obras que precisavam ser finalizadas nesse tempo, incluindo capacitação e instalação dos sistemas, treinamento e gerenciamento de equipes.

Essa movimentação demandou muita gestão e tecnologias digitais para viabilizar e agilizar a comunicação, potencializar a gestão, implementar telemedicina para proteger os beneficiários. “Nosso time de TI desenhou e criou toda a infraestrutura do novo ambiente, especialmente o que suportaria a telemedicina, tudo isso em 15 dias”, lembra Nancy.

A solução de telemedicina foi implementada com chamada pelo portal e aplicativo do GNDI. O nível de atendimento, iniciando em cerca de 550 em março de 2020, saltou em outubro para mais de 10 mil atendimentos.

“Vencemos essa guerra com muita tecnologia, comprometimento e solidariedade de todo nosso time e colaboradores de diversas áreas da empresa, além de parceiros que enfrentaram tudo sem recuar. Com todas as ações realizadas, incluindo o monitoramento de nossa rede hospitalar, conseguimos disponibilizar e atender 100% dos nossos pacientes com Covid-19”, orgulha-se a Executiva de TI do Ano.