Mulheres precisam de flexibilidade no ambiente de trabalho, avisa especialista

Empresas que não se ajustarem a estes moldes correm o risco de perder grandes talentos

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11:27 am - 28 de novembro de 2018

As mulheres, principalmente as com bebês recém-nascidos ou com crianças pequenas, carecem de certa flexibilização no ambiente de trabalho. E as empresas podem entregar isso, aprimorando a gestão e investindo na preparação dos gestores do presente e do futuro. Essa é a opinião de Maria Alice Frontini, presidente do MIT Alumni (Associação de ex-alunos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e engenheira de produção pela Escola Politécnica da USP, a Poli.

Trabalhar por meio de home office, podendo gerenciar seus horários, é o sonho da maioria dos trabalhadores — e não apenas das mulheres. Entre as tendências para o ambiente de trabalho do futuro, pesquisas apontam por mais flexibilidade nas profissões como um dos principais destaques.

Para a aplicação deste procedimento mais flexível é necessário trabalhar para a adequação da relação entre gestor e colaborador. São vários os motivos para que esta tendência passe a ser uma realidade. Trabalhar em home office traz inúmeros benefícios, como o melhor aproveitamento do tempo que seria gasto no itinerário até o local de trabalho, menos desatenção (que seria frequente com a distância de um filho recém-nascido, por exemplo), e a redução de custos para a empresa. Além disso, os funcionários podem ajustar sua carga horária para os períodos em que são mais produtivos, entregando resultados mais efetivos e trabalhando com prazer.

“É importante evidenciar que isso não significa trabalhar menos, mas sim oferecer outras formas de desempenhar sua função de uma maneira que possa satisfazer a colaboradora e atender às demandas da organização, ainda mais frente à transformação digital das empresas, onde as relações de trabalho serão diferentes e os talentos possuem novas demandas. A tecnologia está mais do que madura para que o trabalho possa ser flexível em times ou comunidades virtuais, com muita agilidade e gerando vantagem competitiva. No entanto, a cultura organizacional precisa se adequar a essa nova realidade”, diz Maria Alice.

Empresas que não repensarem sua gestão e suas políticas de recursos humanos correm o risco de perder grandes talentos e de ficar para trás diante da concorrência. A educação e o empoderamento das mulheres estão entre os temas que serão debatidos no SPIN Summit Brazil, evento a ser realizado pela Harpia Investimentos, nos dias 28 e 29 de novembro, em São Paulo.

Maria Alice Frontini será uma das keynote speakers deste encontro, que reunirá mais de 60 palestrantes para falar sobre inovação e tecnologia e tem o objetivo de fomentar novos negócios entre Brasil, Estados Unidos e Israel.

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