Motoristas da Uber não são empregados da empresa, decide TST

Segundo decisão do Tribunal Superior do Trabalho, motoristas parceiros não possuem vínculo empregatício com a empresa

Author Photo
6:31 pm - 05 de fevereiro de 2020
uber uber

Em decisão unânime e inédita, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) cravou que não há vínculo empregatício entre a empresa de mobilidade urbana Uber e seus motoristas parceiros. Até então, apenas tribunais regionais haviam julgado casos de mesma relevância.

O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (5). Segundo o relator do processo, ministro Breno Medeiros, os motoristas têm flexibilidade e autonomia incompatíveis com o vínculo empregatício, já que “podem escolher trabalhar o quanto e onde quiserem”.

Medeiros também reforça o valor repassado das corridas, o equivalente a 75% a 80% do valor pago pelo usuário, para os motoristas.

O caso julgado pelo TST partiu de um motorista que alegou ter trabalhado entre julho de 2015 e junho de 2016 como motorista parceiro. Ele pediu registro de contrato no regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que foi negado em primeira instância.

O pedido, porém, foi julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região em segunda instância e concluiu-se que existia a relação de emprego. O caso, então, foi julgado no dia de hoje pela instância máxima da Justiça Federal.

A Uber, por sua vez, alegou no processo que atua como plataforma tecnológica, e não como empresa de transporte. A empresa reforçou que o motorista concordou com os termos e condições da parceria.

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.