Metaverso é oportunidade de crescimento para 91% dos líderes brasileiros

Pesquisa da Accenture mostra quatro tendências de tecnologia – como inteligência artificial e computação quântica

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1:34 pm - 06 de abril de 2022

A maior parte dos executivos (78%) brasileiras acreditam que o metaverso terá um impacto positivo em suas organizações e 91% deles acreditam que a empresa terá oportunidades de crescimento por causa da presença. Esses são alguns dos dados do estudo Technology Vision 2022, realizado pela Accenture.

O documento traz quatro grandes tendências tecnológicas, sendo a primeira delas exatamente o metaverso, denominada como “WebMe”. De acordo com Paulo Ossamu, diretor administrativo sênior da Accenture, o momento atual é de entender o potencial do metaverso e as companhias (e pessoas) querem entrar nele o quanto antes para colher seus possíveis benefícios.

Por outro lado, 52% dos consumidores brasileiros afirmaram nunca ter escutado sobre metaverso ou ouviram o termo, mas não sabem o que realmente é. Ao mesmo tempo, 76% deles usam ou pretendem investir em criptomoedas.

Já a segunda tendência, chamada “Programmable World” fala sobre como a tecnologia está cada vez mais presente em ambientes físicos de maneira mais sofisticadas. Inovações como 5G, computer edge, realidade aumentada, IoT e outros abrem caminho para as empresas reformularem a forma que interagem com o mundo físico.

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“Se por um lado nós temos o metaverso, temos o outro lado que é como podemos programar o mundo. Como eu posso realmente personalizar e trabalhar melhor meus produtos para os meus clientes e posso automatizar essa entrega?”, exemplifica Paulo. Ele frisa que estar no metaverso não tem valor se, dentro de casa, os processos não forem digitais, se não houver automação para diminuir os custos e aumentar a produtividade.

Ao citar os dados no Brasil, Daniel Franulovic, diretor da Accenture, dá atenção ao fato de que 89% dos executivos concordam que a programação do mundo físico será um diferencial competitivo em suas indústrias. Além disso, 91% concordam que a realidade aumentada será disruptiva em sua indústria nos próximos três anos.

Praticamente todos os brasileiros (99%) também disseram que sua empresa considera usar Inteligência Artificial nos próximos três anos, sendo os principais objetivos: colaboração (52%), serviço ao consumidor (47%) e experiência do consumidor (46%).

A tendência “The Unreal” se aprofunda em um momento em que os ambientes e as empresas possuem máquinas que são “razoavelmente humanas”. Para explicar sobre os dados sintéticos, Paulo faz uma analogia com máquinas que aprenderam a jogar xadrez. Ao treinar a máquina, foram usados dois mil jogos para que ela aprendesse. Porém, ao colocar uma máquina contra a outra por aproximadamente 300 mil rodadas, o grande aprendizado aconteceu por meio de dados gerados pelos próprios computadores.

“As máquinas começam a gerar informações sintéticas que elas mesmas podem extrapolar e criar. Isso traz muitos desafios, porque estamos falando de IA e haverá mais espaços para fraudes, crimes cibernéticos, entre outros”, diz Paulo.

Daniel concorda e frisa que 100% dos entrevistados brasileiros estão preocupados com ataques de informações falsas e as três principais áreas de atenção são: fraudes (61%), riscos de segurança de TI (58%) e riscos com reputação (47%).

Ainda assim, 67% dos consumidores brasileiros afirmam que confiam na tecnologia de IA usadas para prover experiências e 54% confiam sobre como estão sendo feitas as implementações nas empresas.

Por fim, a tendência “Computing the Impossible” revelou que 77% dos executivos brasileiros afirmam que a computação quântica irá impactar ou transformar suas organizações nos próximos três anos. E 97% deles concordam que o sucesso a longo prazo da organização dependerá da próxima geração de computação para resolver os problemas aparentemente insolúveis pela computação clássica.

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