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Mapa das Fintechs aponta crescimento de mulheres em startups

A presença das mulheres no time de startups cresceu 19% em 2020. Os dados são do Mapa das Fintechs, estudo anual realizado para mostrar o perfil das startups inscritas no Programa de Aceleração Visa. A pesquisa também traz informações sobre faturamento, investimentos, potencial de internacionalização, obstáculos enfrentados e detalhes sobre os profissionais que trabalham nas 219 startups inscritas para a edição de 2020 do programa.

Os homens ainda são maioria nas equipes, mas 80% das startups afirmaram possuir mulheres no time. Isso demonstra um aumento na presença feminina no mercado, pois no levantamento de 2019 esse número era de 61%.

Informações das startups

Das startups pesquisadas, cerca de 63,8% delas possuem menos de 10 funcionários, 27,6% têm até 50 colaboradores e apenas 5,3% possuem de 50 a 100 pessoas no time. Já no quesito de faixa etária, 72,6% têm funcionários com até 35 anos e 14,2% possuem uma equipe mais jovem, com idade máxima de 25 anos. Outro dado interessante é que 56% das empresas afirmaram já ter recebido algum tipo de aporte.

São Paulo continua como o estado de origem da maioria das startups e representa 52% do total. Rio de Janeiro voltou a superar Minas Gerais e foi o segundo estado com o maior número de empresas inscritas no Programa de Aceleração. Paraná e Santa Catarina caíram um pouco em relação ao ano passado, mas continuam entre os estados com mais startups inscritas.

Leia também: 43% das empresas com mais de 10 mil usuários querem soluções integradas

Em comparação ao Mapa das Fintechs de 2019, é possível notar uma maior diversidade de startups que se inscreveram no Programa de Aceleração Visa.

As voltadas para o setor de pagamentos (22,8%), ainda maioria em 2020, apresentaram um pequeno aumento, quando eram 20,6% do total. Destacam-se ainda nesta edição áreas como varejo (17,3%), TI (15,9%), analytics (13,6%), mobilidade urbana (10,9%), inteligência artificial (5,9%), blockchain (5,4%), machine learning (3,6%), IoT (3,1%) e Risktech (1,3%). Dessas, varejo, analytics, IoT e Risktech não tinham aparecido antes.

Pivotagem e obstáculos

O recorte mostra que 17,2% das startups mudaram duas vezes, 9,6% três vezes e 4,3% afirmaram ter pivotado mais de quatro vezes, o que pode ser considerado comum já que muitas empresas mudam seus negócios conforme demandas, oportunidades de mercado, além de adaptações necessárias por conta da pandemia de Covid-19. A maioria das startups que se inscreveu no Programa (80,3%) tem entre um e três anos de existência, e 19,1% tem menos de um ano de idade.

Em relação aos principais desafios citados pelas startups, questões relacionadas a capilaridade – prospecção de novos clientes e a ampliação dos canais de distribuição e de atendimento – (26,7%) aparece em primeiro lugar, seguido por problemas relacionados ao mercado (22%) e dificuldades em encontrar profissionais capacitados para compor o time (19,7%). Burocracia (11,6%), regulamentação (10,4%) e concorrência (9,3%) também foram pontos mencionados neste quesito. Em 2019, os obstáculos mais citados foram sobre dificuldade em obter clientes (14%), questões relacionadas à dinheiro (14%) e problemas com a regulamentação (13%).

Investimentos e faturamento

Os valores variam: 6,6% das empresas receberam menos de R$ 100 mil, 38% entre R$ 100 mil e R$ 499 mil, 18,1% de R$ 500 mil até R$ 900 mil. Já 32,9% disseram ter recebido aportes acima de R$ 1 milhão. Em relação ao tempo médio que as startups levaram para levantar estes investimentos, 65% afirmaram ter demorado de um até três meses, 30,3% de quatro até seis meses e 4,3% alegaram ter esperado até um ano. Já na edição de 2019 9,2% das empresas receberam até R$ 50 mil, 44,6% entre R$ 100 mil a R$ 500 mil, 38,5% receberam de R$ 500 mil a R$ 2 milhões e, 7,7% disseram ter recebido aportes acima de R$ 2 milhões até então.

Sobre faturamento, 39,7% alegaram ganhar mais de R$ 500 mil, 30,1% até R$ 30 mil e 29% de R$ 30 mil até R$499 mil. Enquanto isso, apenas 1% das startups alegou faturar mais de R$1 milhão mensalmente. Já no ano passado a maioria das respondentes afirmou que seus ganhos mensais variavam de R$ 5 a 40 mil (49%), 21% entre R$ 100 mil a 500 mil por mês e 11% ganhavam até R$ 5 mil mensais, na época.

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