Maior parte das organizações financeiras estão vivendo expansão digital
Pesquisa da F5 revela que 30% das companhias contam com aplicações focadas em automação de tarefas

O estudo State of Application Strategy Financial Services, da F5, é focado em profissionais que trabalham em bancos, corretoras de valores e seguradoras e aponta os desafios enfrentados pelos gestores para modernizar e proteger suas principais aplicações em 2022. O levantamento mostra que 30% das empresas ainda contam com aplicações focadas na automação de tarefas.
Nessa resposta de múltipla escolha, 70% estão vivendo a
expansão digital. São companhias que buscam entregar uma experiência digital
contínua. A base dessa estratégia é dupla: contar com um processo de automação
alinhado às áreas de negócios e investir na orquestração das aplicações. 57% das
respostas, por outro lado, indicam que os executivos entrevistados já contam
com recursos de Inteligência Artificial e Machine Learning em suas aplicações
de negócios.
Do total, 98% dos entrevistados afirmaram não contar com os
insights necessários para atuar de maneira preventiva e preditiva contra falhas
ou ataques. Mais da metade (58%) não conseguem identificar a causa raiz de
incidentes, 54% não sabem a causa raiz de problemas de desempenho e,
finalmente, 53% não conseguem discernir se, por trás do problema, há um ataque.
“Esse é um grande desafio vivido pelos bancos”, explica Vinicius
Miranda, engenheiro de soluções de segurança da F5 Brasil. “Há uma falta de
soluções baseadas em IA e ML que consigam atuar em escala, discernindo com
precisão, por exemplo, o que é um acesso humano, o que é um robô do ‘bem’ –
como o Google – e o que é um robô do ‘mal’”. Em muitas organizações, as
soluções implementadas entregam insights sobre fatores que já estão
equacionados, não atuando de forma eficaz contra novas ameaças e problemas.
De acordo com o especialista, outro fator complicador é que
as empresas ainda delegam para o time de ICT Security toda a responsabilidade
sobre o ambiente digital. “A organização em forma de silos isola a área de
negócios das áreas de tecnologia e passa, para o usuário interno, a percepção
de que os desafios de segurança, por exemplo, não lhe dizem respeito”. Para
Miranda, a solução é seguir investindo em mudanças culturais que levem as
melhores práticas de segurança digital para além do time de tecnologia.
Além disso, para 71% dos entrevistados, o grande método de
modernização de aplicações é o consumo cada vez maior de APIs (Application
Programming Interfaces). Em seguida surgem estratégias como adicionar novos
componentes à aplicação (61%), refazer o código da aplicação (40%) e,
finalmente, migrar a aplicação – sem realizar modernizações – para a nuvem
pública. O relatório mostra, também, que 82% do universo pesquisado é formado
por organizações financeiras que, por realizarem mais de 10 milhões de acessos
a APIs por mês, já contam com soluções de proteção às APIs. Esse índice cai
para 32% no caso de bancos que consomem menos de 1 milhão de APIs por mês.

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