Como tornar o low code seguro e reduzir os riscos de segurança na automação de processos
Com a transformação digital cada vez mais presente esse também se torna um tema crucial para que empresas prosperem, ou afundem e deixem de existir
A cibersegurança é hoje uma das principais preocupação das empresas, seja para proteger os dados internos da companhia ou para resguardar as informações dos clientes e parceiros. Com a transformação digital cada vez mais presente esse também se torna um tema crucial para que empresas cresçam e prosperem, ou afundem e deixem de existir.
No cenário de negócios que temos hoje, não dá mais para falar de transformação digital ou reinvenção sem mencionar, ao mesmo tempo, a segurança cibernética. Ataques à nuvem e a dispositivos conectados – duas tecnologias que estão no centro da transformação empresarial hoje – são as ameaças cibernéticas que mais preocupam.
Quando olhamos para os números do mercado, as grandes violações estão crescendo em número, escala e custo. Segundo a pesquisa da PwC Global Digital Trust Insights 2024 a porcentagem das empresas que relataram custos de US$ 1 milhão ou mais em sua pior violação de dados nos últimos três anos passou dos 27%, em 2023, para 36%, em 2024.
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Ao mesmo tempo, o ritmo da inovação e reinvenção dos negócios com o uso de tecnologia não está desacelerando. A mesma pesquisa da PwC mostra que 40% dos CEOs acham que suas empresas podem não ser mais viáveis economicamente em uma década se não inovarem ou realizem uma transformação digital.
Empresas enfrentam o desafio constante de garantir a integridade e a proteção de seus processos e informações, ao mesmo tempo que as pessoas exigem cada vez mais transparência e garantias de que os serviços usados são confiáveis e seguros.
Uma das tecnologias mais utilizadas pelas empresas para realizar sua digitalização é a automação de processos com tecnologias low code, e a relação entre a cibersegurança e a hiperautomação pode abranger vários aspectos sobre proteção de dados, eficiência, governança e gestão de riscos.
Nesse momento a cibersegurança se torna ainda mais crucial, pois as tecnologias low code implementadas dependem de dados precisos e confiáveis para funcionar corretamente. A manipulação ou violação desses dados pode levar a decisões incorretas e falhas operacionais significativas.
Com a transformação digital, o stack tecnológico das empresas está se expandindo para fornecer uma experiência de desenvolvimento integrada com vinculação de dados, insights de ciência de dados e novas soluções de IA. O desafio que permanece é tornar o desenvolvimento de baixo código mais seguro e resiliente.
As plataformas low code precisam de controles de acesso sólidos; você precisa treinar seus desenvolvedores em uma cultura baseada em segurança, e suas equipes devem construir aplicações dentro das diretrizes dessa cultura.
Hoje existem diversas ferramentas low code disponíveis no mercado que combinam bancos de dados com interfaces front-end, muitas delas oferecem aos usuários ferramentas intuitivas com componentes de arrastar e soltar para construir aplicações web e móveis.
Podemos dizer que a pandemia acelerou a expansão das ferramentas de desenvolvimento low code usadas para ajudar na transformação digital das organizações e o pós pandemia mostra que elas vieram para ficar e realmente ajudam na otimização do dia a dia das operações.
Os sistemas automatizados, sem a devida proteção, são alvos fáceis para ataques cibernéticos. Portanto, a implementação de medidas focadas em cibersegurança precisa ser prioritária, e a busca das empresas deve ser por plataformas e ferramentas que se preocupam com a segurança em toda a cadeia de entrega.
Para que as empresas possam garantir a implementação de plataformas atualizadas e com maior nível de segurança, hoje existem diversas auditorias e certificações globais disponíveis no mercado que reconhecem controles internos de alta qualidade e cibersegurança.
É o caso do ISAE e o ISO 27000, certificações que definem políticas, padrões, procedimentos e documentações importantes para qualquer estrutura de segurança da informação. Certificações como essas servem para proteger os dados dos clientes, manter a confiança do mercado e mitigar o risco de violações de segurança que podem ter impactos financeiros e reputacionais significativos para as empresas.
Além de se preocupar com a segurança no âmbito da tecnologia e dos processos internos, uma das coisas mais importantes que as companhias precisam desenvolver é uma cultura de segurança. Com investimento em treinamento contínuo para os funcionários, auditorias regulares de segurança para identificar e mitigar possíveis vulnerabilidades e a criação de comitês focados no tema, acredito que as empresas estarão mais bem preparadas para lidar com o tema.
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