Loft recebe aporte recorde de US$ 425 mi e é avaliada em US$ 2,2 bi

Startup paulistana se tornou a décima maior do mundo no setor imobiliário residencial

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12:31 pm - 23 de março de 2021
Florian Hagenbuch e Mate Pencz fundadores da Loft Divulgação/Loft

A startup paulistana Loft anunciou nesta terça-feira (23) que recebeu um novo aporte de série D no valor de US$ 425 milhões, o maior investimento da história já feito em uma startup do Brasil. Com o volume, a empresa chega ao valor de mercado de US$ 2,2 bilhões e se torna a décima mais valiosa do mundo entre startups do setor imobiliário residencial – e a primeira fora dos Estados Unidos e China.

O fundo D1 Capital Partners lidera a rodada, que conta também com a participação dos investidores globais Advent International, Altimeter Capital, o fundo de pensão do Canadá (CPP), DST Global, Emerging Variant/Soros, Silver Lake, Tarsadia Capital e Tiger Global. Participaram ainda da rodada investidores existentes, incluindo Andreessen Horowitz, Caffeinated Capital, Fifth Wall Ventures, Monashees, QED Investors, Vulcan Capital e Zigg Capital.

Apesar do valor recorde, a Exame apurou que a rodada continua aberta e que um investimento complementar de US$ 100 milhões ainda pode ser realizado nas próximas semanas. Isso elevaria o valor de mercado da Loft além dos US$3 bilhões.

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Fundada em 2018, a Loft oferece uma experiência digital para clientes que desejam comprar e vender imóveis, incluindo visita virtual com visão 360º dos apartamentos e assinatura online de documentos, contrato (CCV) e até mesmo escritura. Atualmente, 97% dos contratos assinados na plataforma já são feitos por meio digital.

O investimento permitirá que a Loft aumente a densidade da oferta de apartamentos em cada bairro onde opera, visto como um fator estratégico para a boa experiência do cliente. “Quem procura um apartamento num determinado bairro de uma cidade, geralmente considera cerca de 20 imóveis com as mesmas características dentro da mesma área onde pretende morar”, explicar Mate Pencz, fundador e coCEO da Loft.

“Ter mais imóveis por bairro no portfólio é mais importante para o consumidor do que ofertas de poucos imóveis em muitas cidades”, diz Florian Hagenbuch, também fundador e coCEO da startup. “Diferente de outros business, em que a territorialidade é o mais importante, o nome do atual jogo imobiliário é densidade”, completa. A meta é quintuplicar o portfólio de apartamentos em São Paulo e Rio, assim como o número de clientes.

Além do adensamento da oferta de apartamentos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a empresa já está presente, a Loft poderá empregar a liquidez na expansão de suas operação para mais capitais brasileiras ainda este ano. Novas praças, no entanto, não foram divulgadas.

A Loft tem disponíveis atualmente na sua plataforma mais de 15 mil apartamentos ativos à venda em São Paulo e no Rio de Janeiro, distribuídos por mais de 130 bairros nas duas cidades. A empresa conta com mais de 30 mil corretores parceiros.

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