Intel aposta em realidade virtual como pilar de transformação
O mercado de realidade virtual é extremamente promissor. Apenas nos Estados Unidos, a CTA espera um crescimento de 79% em 2017, com 2,5 mil dispositivos com a tecnologia embarcada vendidos. E isso porque as empresas apenas começaram a explorar a solução. A Intel, que investe no conceito há alguns anos e tem no Projeto Alloy a forma mais concreta de como enxerga algumas aplicações para realidade virtual, apresentou durante a CES 2017 demonstrações utilizando o protótipo, provocando os participantes a repensarem suas experiências com viagens, games, esportes e até a forma de desempenhar algumas tarefas no ambiente profissional.
“O que estamos fazendo aqui é mostrar o que a Intel pensa sobre o futuro dessa tecnologia que tem muito potencial. Ela vai transformar nossas experiências”, comentou Brian Krzanich, CEO da fabricante. “Levaremos você ao centro de uma explosão de dados com uma jornada de conteúdo dentro da realidade virtual. Os mundos digital e físico estão se convergindo e oferecendo experiências maravilhosas. A forma como viajamos, trabalhamos, jogamos games ou assistimos a jogos esportivos muda.”
No campo das viagens, a ideia é que a pessoa possa conhecer o mundo todo por meio da realidade virtual ou mesmo ampliar o tipo de experiência tida ao visitar algum lugar específico. Como ressaltou o CEO, as pessoas viajam em busca de uma aventura e a realidade virtual pode propiciar algo ainda mais completo. Isso numa escala global, dando câmeras para captação de momentos a diferentes pessoas, é possível ter criar e apresentar diferentes perspectivas de um mesmo passeio. “A ideia é revolucionar a indústria da viagem por meio desta tecnologia”, acredita.
O entusiasmo de Krzanich se repete nos demais pilares. No ambiente de trabalho, o CEO lembrou que diversas funções são complexas ou trazem riscos, como inspeção de redes elétricas. Na ocasião, ao convidar os presentes para utilizar o óculos protótipo do Projeto Alloy, foi possível simular a inspeção de uma planta de painéis de energia solar. Você pode pensar que os drones já cumpririam com tal tarefa, mas a experiência e a riqueza de detalhes trazida com realidade virtual, leva realmente a uma reflexão sobre a forma como se executa determinadas atividades.
Passando para a indústria do esporte, a realidade virtual muda a relação do torcedor com as partidas, uma vez que ele pode escolher de “onde” assistir e quais estatísticas acompanhar, tudo com comandos simples e a partir de um óculos como o próprio Gear, da Samsung. “O Projeto Alloy está caminhando muito bem. Trata-se de um óculos de realidade virtual que congrega diversas tecnologias em um único dispositivo para uma experiência imersiva”, comentou Krzanich, para completar: “para o último trimestre desta ano estará prototipado e como plataforma aberta. Acreditamos que esse projeto aguça a criatividade e, por isso, qualquer interessado poderá produzi-lo.” O aparelho criado pela Intel traz processador de última geração e alia câmeras real sense, aceleradores e baterias, ou seja, roda independente de qualquer outro aparato.
*O IT Forum 365 viajou a Las Vegas a convite da CTA, organizadora da CES
