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Integração de Internet das Coisas é a bola da vez, diz Gartner

Produtos conectados à Internet das Coisas
(IoT) estão se proliferando rapidamente. Isso inclui uma gama de
aparelhos domésticos e equipamentos industriais, englobando de máquinas
de lavar prato inteligentes a bombas industriais. Para fazer a
implementação de dispositivos conectados funcionar adequadamente e
entregar valor de negócio, equipes de TI devem integrar completamente
esses produtos a plataformas de IoT, cloud e aplicativos móveis, assim
como várias aplicações importantes do negócio, como CRM, Procurement e
Field Service, afirma o Gartner. E identificar quais formas de integração são
necessárias para um produto conectado à IoT é o primeiro e mais
importante passo para essa revolução.

“Alcançar a integração completa
para ativos conectados à IoT é provavelmente mais desafiador do que você
pensa, porque envolve muitos terminais diferentes da TI”, diz Benoit Lheureux,
Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner. “Além dos terminais de IoT em
si, esses ativos podem precisar ser conectados a um gateway de IoT, que
agrega os dados de sensores e os envia para uma plataforma de IoT que
possa fornecer os recursos de TI necessários para administrar o consumo
de dados, Analytics, entre outros”, diz Lheureux.

A infraestrutura de IoT pode precisar
ser conectada a um aplicativo móvel para controle fácil das aplicações
corporativas que já gerenciam processos empresariais existentes que a
IoT pode melhorar e, em muitos casos, também a parceiros externos no
ecossistema da organização.

Outro aspecto-chave para a integração de
um novo produto é identificar e preencher lacunas de
capacidade da IoT. “Muitas companhias, mas não todas, terão algumas
tecnologias e habilidades de que precisam para se beneficiar ao máximo
das implementações de IoT”, diz Lheureux. “É crucial qualificar as
expectativas em torno de uma implementação e assegurar que ela entregará
os benefícios esperados”, explica.

A falta de conhecimento, no entanto, não
significa que um projeto de IoT não possa acontecer. Como alternativa
ao “faça você mesmo”, muitas organizações caminham em direção à IoT por
meio de ofertas integradas de provedores de serviço gerenciado de IoT,
fornecedores de plataformas de IoT, provedores de serviços de
comunicação e MVNOs (Mobile Virtual Network Operators, ou Operadores
Móveis Virtuais).

Para ajudar a consolidar o conceito de
integração de IoT em um exemplo do mundo real, basta imaginar uma
companhia de trens. O CEO (Chief Executive Officer) quer gerar melhores
resultados financeiros para os acionistas em 2018 e reuniu o conselho
para discutir áreas-chave para crescimento e diminuição de custos.

O CIO (Chief Information Officer) tem
interesse em mostrar que o departamento de TI pode gerar novo valor e
economia, sugerindo examinar se algum processo viabilizado pela
tecnologia poderia aumentar a eficiência e reduzir os custos de
manutenção de trens – um dos custos primários do negócio. Esse executivo
se responsabiliza pelo projeto e trabalha com liderança interna para
identificar um robusto conjunto de casos de uso de IoT e modelos
financeiros que se relacionem à otimização da manutenção de trens.

No coração dessa transformação digital
está a mudança de operações de manutenção de uma programação que atribui
reparos a trens baseada em por quanto tempo uma peça está em uso ou o
quão longe o trem viajou. O novo sistema é fundamentado em indicadores
de vida e saúde que refletem mais precisamente as condições em tempo
real de componentes essenciais do trem.

A arquitetura básica para um sistema
como esse envolve a colocação de sensores de IoT para medir a
performance de componentes essenciais dos trens, como as portas e os
freios. Esses terminais de IoT enviam os dados de performance para uma
API (Application Programming Interface, ou Interface de Programação de
Aplicações) que agrega os dados e os conectam a uma nova plataforma de
aplicação de IoT rodando em uma Nuvem Privada. A nova plataforma de IoT
conecta um sistema ERP existente – novamente por meio de uma API – para
gerenciar os processos de negócio associados com a manutenção dos trens.

Esse método é minimamente invasivo,
porque aplicações e processos antigos que respondiam a ações requeridas
para times de manutenção, como “troque as pastilhas de freio do trem” ou
“cheque os rolamentos das portas”, ainda estão em funcionamento.

A diferença crucial, no entanto, é que
as mesmas ações de manutenção agora são desencadeadas de forma dinâmica
por novas informações contextuais sobre cada ativo do trem baseadas nos
sensores de IoT. Consertos são realizados quando necessário, não com
base em uma programação. Isso reduz reparos desnecessários, identifica e
elimina falhas que podem não ser percebidas em uma programação
tradicional baseada em tempo, permite uma melhor gestão dos recursos de
manutenção e aquisições, além de resultar em trens com melhor manutenção
e por um menor custo.

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