Infra de TI: 5 dicas para se tornar uma empresa sem fronteiras

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2:39 pm - 16 de junho de 2015
Infra de TI: 5 dicas para se tornar uma empresa sem fronteiras
Na esteira das mudanças ocasionadas pelas novas tendências em redes sociais, mobilidade, analytics e big data, as corporações querem “cloudificar” sua infraestrutura de Data Center, para assim entregar ao negócio os benefícios de agilidade, elasticidade e self-service.

A primeira fase dessa transformação já está ocorrendo, visto que as empresas, hoje em dia, estão alcançando níveis de virtualização entre 60% e 90% de sua infraestrutura computacional. O próximo passo do processo é começar a tornar a sua infraestrutura independentemente da localidade. Mas será que as companhias sabem realmente qual é esse novo modelo de Data Center e como devem fazer para chegar até ele?

A nova infraestrutura de Data Center trazida pela transformação digital e comandada por objetivos de negócio deve considerar os seguintes aspectos:

  • Infraestrutura programável: servidores, storage, rede, serviços associados (DNS, Backup etc) comandados por software
  • Orquestração de ambiente híbrido e distribuído: centro único de controle e gerencia
  • Agilidade para escala web: abordagem Devops para desenvolvimento automatizado
  • Always-On e Segurança: as fronteiras do DC estão mudando
  • Automação e soluções cognitivas: adicionar inteligência e independência aos sistemas de Data Center

Essa abordagem não se limita a nenhuma vertical específica, já que, apesar de existirem soluções específicas para cada uma, esse é um tema que se aplica, em geral, a todas. E baseado no atual cenário, seja nacional, seja global, já é possível afirmar que hoje, como tendência geral, todas as indústrias estão buscando agilidade, eficiência e redução de custo, visto que a cada ano os CIOs possuem o mesmo ou menos budget para operar a sua planta de TI.

Pensando nesses desafios, elencamos cinco dicas que podem auxiliar as companhias a não apensas manter a boa operação da sua infraestrutura, mas sim transformá-la, migrá-la e melhorar a sua eficiência.

1. Conheça o seu workload

Hoje, cada vez mais as empresas possuem um ambiente híbrido de infraestrutura, ou seja, estruturas físicas, virtuais e em cloud juntas. Conhecer o seu workload significa saber exatamente para que servem cada um de seus recursos computacionais, qual a sua criticidade para o negócio e qual a sua utilização, independentemente do local ou plataforma.

Com isso, a empresa terá uma visão exata de seus ativos de TI, previsão de investimentos futuros necessários para o modelo existente e as oportunidades reais de transformações. O uso de ferramentas e metodologias especializadas é fundamental para essa análise, respeitando a entrega para os usuários e clientes, a necessidade de escalabilidade, se a aplicação ou serviço vai crescer rápido e qual deverá ser o nível de disponibilidade do serviço.

2. Avalie as necessidades de negócio

Cada aplicação seja Oracle, SAP, ou ainda de outros fornecedores, tem uma necessidade específica para funcionar. Então, se você possui o ‘molde’ de cada aplicação, será ainda mais fácil definir a arquitetura que vai indicar como devem ser as estruturas futuras do seu sistema de TI. Esse dado é extremamente importante, pois é ele que vai parametrizar o local onde as suas aplicações e dados serão instalados.

Essa definição vai impedir, por exemplo, que uma empresa de e-commerce que realizou uma promoção e teve inúmeros acessos ao site, fique com o ambiente do site lento e não atenda a todos os clientes. No caso da indústria de finanças, vamos supor que uma determinada aplicação esteja rodando no data center do local X. Você recebe a notícia de que esse local X está em uma área por onde vai passar um furacão, nesse momento a arquitetura de referência vai permitir que você migre essa aplicação para outro local sem problemas de configuração ou perda de eficiência. Nessa fase é importante definir o blueprint tecnológico, plano e filtros de distribuição dos workloads no modelo futuro.

3. Crie o Centro de Controle de Infraestrutura sem fronteiras

Muitas empresas começaram a fazer migrações pontuais para nuvem adicionando novas plataformas e processos diferentes para gerenciar estes ambientes híbridos; em não poucas vezes, esse aumento de complexidade frustrou o uso possível de novas soluções em nuvem ou infraestrutura definidas por software

Por isso, nesse momento é importante criar a camada de gerenciamento que permitirá a execução do plano sem impacto na operação, para isso é importante que o centro de controle seja capaz de cobrir todos os ambientes e aplicações envolvidas nessa transformação.

4. Realize a migração de maneira otimizada para o ambiente target

Nesse momento, a companhia pode fazer o uso de aceleradores que possibilitam uma migração sem interrupções para o modelo futuro. Tipicamente, esses aceleradores automatizam as configurações e criam as bases que seriam feitas manualmente; atividade que demandaria muito mais tempo, além de ser passível de erro.

Nessa fase, é importante mostrar segurança e previsibilidade na migração com eficiência nos processos, tarefas, recursos e custo da migração.

5. Opere e gerencie o ambiente híbrido

Essa é a hora de ter uma operação e uma visão única sobre a sua operação de TI, acompanhar o ganho de eficiência, criar/mover workloads de acordo com demandas do negócio e ter um guia para melhoria e inovação contínuas. Pensando nisso, a empresa deve adotar melhores práticas e ferramentas (frameworks) ter insights para operação, planejar a capacidade e a adoção de novas tecnologias emergentes.

Essa abordagem se traduzirá em eficiência, redução de custo e alinhamento ao negócio, mas de forma alguma representará o estado final da infraestrutura, a jornada para a infraestrutura sem fronteiras está apenas começando…

*André Scher é Head para GIS, Global Infraestructure Services, da Wipro LATAM.

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