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Ideia, luz e poeira: impressão 3D modificará o corpo do ser humano

Quando se pensa em impressão de terceira dimensão, a primeira coisa que se vem à mente é não ter de sair mais de casa para comprar produtos de menor valor agregado e baratear a produção de itens que hoje pesam no bolso, como carros. Mas existe uma categoria toda nova de produtos que podem surgir focando nas especificidades do ser humano. Este é o movimento chamado Body Driving Design (Corpo direcionando o desenho, em tradução livre).

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Iniciando sua palestra de 18 minutos durante o TEDxFIAP, realizado pela Fiap, com os acordes de uma guitarra, Scott Summit, fundador da Bespoke Innovations, empresa adquirida pela 3D Systems em maio deste ano, relembrou quando, ainda jovem, quis construir sua própria guitarra artesanal. Ele gostaria de terceirizar o serviço a um especialista, mas seu orçamento de apenas US$ 100 não chegava nem perto dos mais de US$ 3 mil que se cobrava para isso.  Com o dinheiro em mãos, comprou os produtos necessários e gastou meses na produção do bem por ele idealizado. O resultado: o som emitido, ao mesmo tempo que era único, feria os ouvidos de quem estava próximo.

“A impressão 3D é a nova tecnologia disruptiva  você produz algo que você quer, em vez do que a tecnologia provê”, comentou o executivo, cujos trabalhos conquistaram vários prêmios internacionais de design, incluindo Good Design e Core 77. “Serão novos produtos e novos métodos de fazer as coisas”, comentou.

Se produzir uma guitarra personalizada – e com um som audível – com o custo apenas de impressão já é algo que salta aos olhos, imagine criar roupas feitas exatamente para o seu tipo físico, ou, ainda, próteses de membros para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Neste caso, em vez de ser uma parte estranha do corpo, uma prótese pode se tornar uma manifestação artística (veja foto). “Podemos sair da limitação da manufatura tradicional. A diferença entre o que queremos e o que podemos fazer diminui. Isso muda dos métodos convencionais, onde a complexidade é um problema”, comparou.

Um bombeiro, por exemplo, pode ser uma roupa desenhada para seu tipo físico, obtida após passar por um scanner. Isso resolveria dificuldade em operações, por conta do mau desempenho obtidos com os vestuários convencionais. Há estudos para, em vez de utilizar o extintor nas costas, seja possível acoplá-lo como uma extensão do braço.

“Os produtos serão feitos com base no indivíduo, e não em termos de empresas de pequeno, médio e grande portes. Para isso, bastam ideia, luz e poeira – nada mais”, finalizou, fazendo uma alusão à matéria-prima utilizada no processo.

 

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