A inteligência artificial (IA) pode reduzir entre 5% e 10% da emissão de carbono no mundo, o que significa entre 2,6 e 5,3 gigatoneladas de gás carbônico. A tecnologia é, assim, uma aliada das empresas, cada vez mais pressionadas a promover ações concretas de combate ao aquecimento global. Consumidores, órgãos reguladores e investidores estão atentos ao impacto ambiental de negócios dos mais variados setores.
É o que indica um estudo recente do Boston Consulting Group (BCG). O impacto potencial de aplicações da IA em iniciativas de sustentabilidade corporativa pode chegar a US$ 2,6 trilhões em valor gerado por meio de receitas adicionais e economia de custos até 2030, revela o relatório.
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Essas soluções podem ajudar a reduzir dificuldades que normalmente afetam iniciativas corporativas do tipo, como medição, redução e compensação das emissões de carbono. Esses itens se tornaram ainda mais desafiadores durante a pandemia, que freou investimentos e esforços.
“Muitos líderes de negócios ainda não perceberam que a inteligência artificial (IA) pode ajudar a virar esse jogo por sua capacidade de fornecer insights profundos em diversos aspectos da pegada de carbono das empresas, além de indicar medidas eficientes para redução de emissões e custos”, diz em comunicado Henrique Sinatura, sócio do BCG. “Empresas de grande porte, com acesso a enormes conjuntos de dados, podem ter ganhos significativos”.
Segundo o BCG, a IA permite obter conhecimento por meio da análise de grandes quantidades de dados coletados do ambiente, intuindo relações muitas vezes ignoradas por analistas humanos. A fim de obter todos os benefícios da IA na redução da pegada de carbono das empresas, é importante, diz a consultoria, que os líderes de negócios priorizem áreas com altas emissões e custos significativos.
“A IA já demonstrou seu valor de curto prazo, ajudando as empresas a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e no corte de custos. Ao gerar um ROI positivo, geralmente dentro de um ano, ela deixa de ser mais um custo para se tornar um benefício financeiro”, diz Jorge Hargrave, diretor do BCG e colíder de mudanças climáticas no Brasil. “A solução pode ser especialmente valiosa tanto no curto prazo – momento em que as empresas se recuperam da crise do COVID-19, na redução de custos e no início da transição para um futuro de baixo carbono – quanto no longo.”
Empresas que buscam reduzir a pegada de carbono devem aplicar a IA em três frentes, segundo o BCG:
O estudo pode ser acessado (em inglês) no site do BCG.
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