De IA à migração para cloud: os cases de clientes da SAP
Team Liquid, Aldo Group, Tech Mahindra e PureTech Scientific marcam presença no SAP Sapphire
Imagine ter acesso a todos os dados de partidas, adversários, campeões e competições de e-sports. Essa é a realidade da Team Liquid, uma organização profissional multirregional de esportes eletrônicos. Entretanto, ter todas as informações não eram o suficiente. De acordo com Steve Arhancet, CIO da instituição, antes do uso de IA, apesar de ter a capacidade de coletar dados, esses dados se perdiam.
Ele contou, durante o SAP Sapphire*, que, com o SAP Business AI, os analistas e desenvolvedores foram capazes de inserir avisos no software para obter as informações corretas, conforme necessário. Em um treinamento de time de basquete, por exemplo, um jogador precisa aprender uma jogada específica contra um jogador em particular.
“E eu quero descobrir em quais momentos isso aconteceu nos últimos 10 anos e quero alertas para saber quando aconteceu e os vídeos das jogadas. E eu quero dar isso ao jogador para que ele possa ver todas essas peças dos últimos 10 anos para saber como deve jogar da próxima vez. E assim a IA nos deu a capacidade de organizar toda essa abundância de pontos de dados e colocá-los ao alcance de nossos jogadores”, revela Arhancet.
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Na prática, de um lado, os jogadores, têm a plataforma SAP em um monitor e, do outro, o jogo. E eles estão literalmente olhando e dizendo: ‘é assim que eu deveria fazer isso’ e está funcionando. Apenas no software construído para League of Legends, são meio trilhão de pontos de dados que estão sendo processados em tempo real para que o jogador tome uma decisão rapidamente.
Matthieu Houle, CIO do Aldo Group (empresa de sapatos e joias), também usa a ferramenta da SAP para ter melhores insights. “Na parte artística, temos que olhar para as tendências e tradicionalmente eram humanos muito inteligentes com a capacidade de processar dados a partir de planilhas do Excel, relatórios e Power Points”, comenta ele.
Em geral, a companhia olhava o que vendeu no ano anterior e o que era necessário para vender mais no ano atual. Agora, com a IA, é possível processar muitos outros dados para ter armas e previsões, como o sentimento do consumidor ou especificidades de cada região.
Entretanto, a adoção de IA também traz desafios. De acordo com Houle, as operações de aprendizado de máquina são complicadas. É necessário definir e alinhar todas as partes interessadas sobre a análise dos dados. Ele explica que a empresa começou a trabalhar com dados internos e, aos poucos, está adicionando novos dados.
“Estamos adicionando diferentes pontos de dados, alguns com muitas palavras-chave de transparência. Temos uma lista de pontos de dados. Uma vez que sabemos como prever o futuro, queremos usá-lo como diferencial. Para nós, isso significa otimização de descontos”, exemplifica Houle. O executivo complementa dizendo que há sempre evoluções no uso dos dados, com diferentes casos de uso.
“Nós pensávamos que íamos entregar o software aos treinadores e gerentes e eles seriam os que mais usariam. Mas assim que entregamos aos jogadores, a adoção foi instantânea. Isso foi um grande choque para nós. Essa foi a nossa lição. Eu não sei se isso se aplica a outras empresas e aplicações de IA, mas coloque-a nas mãos do usuário o mais rápido possível”, aconselha Arhancet.
Nuvem também é protagonista para clientes SAP
A migração do sistema SAP para a nuvem é um dos grandes assuntos em torno da empresa nos últimos anos. Pallavi Katiyar, CIO da Tech Mahindra, foi uma das convidadas para falar sobre isso. De acordo com ela, em determinado momento foi necessário discutir se ainda valeria a pena inovar com todo o data center local ou se deveriam ir à nuvem. A empresa listou os prós e contras de ter um sistema on premise x nuvem e chegou à conclusão de que a lista de pontos positivos da cloud era maior.
“Também fizemos muita ‘limpeza’. Conforme revisamos a inteligência, fizemos a otimização de nosso cenário. E isso tornou toda a migração ainda mais fácil. Foi uma bela colaboração que aconteceu entre a SAP e a Tech Mahindra, o que realmente tornou essa migração muito simples e tranquila. Quase não tivemos nenhum tempo de inatividade”, revela ela.
Para Brian Hardee, CIO da PureTech Scientific, a adoção da nuvem era uma necessidade por questão de velocidade e produção para a entrada da companhia no mercado. “Se você migrar para a nuvem, não terá a mesma responsabilidade [tecnológica], gerenciamento de infraestrutura, custos, recuperação de desastres e assim por diante. Portanto, com uma simples parceria com serviços gerenciados, é muito fácil fazer a adoção”, comemora ele.
Pallavi concorda ao dizer que o maior benefício visto após a migração é que a empresa não precisa mais se preocupar com patches de segurança, atualizações ou compliance. “E agora que conseguimos focar em algo que agrega mais valor para o negócio, estamos fazendo uma transformação digital. Estamos olhando para os nossos processos e trazendo fontes tradicionais na automação de máquinas.”
No futuro, acredita Hardee, a Inteligência Artificial terá um papel ainda mais relevante em sua empresa. A adoção da nuvem e de ferramentas com IA poderá ajudar, principalmente no mercado ao consumidor final, para o gerenciamento de preços, margem de lucro e garantias.
“Vimos que há algumas ferramentas chegando que vão realmente ajudar a trazer eficiência ao processo. Nossos usuários serão capazes de obter melhores dados e com mais agilidade”, finaliza.
*a jornalista viajou a convite da SAP
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