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Golpe no WhatsApp usa fintechs e empréstimos para fazer vítimas

Fintechs estão se popularizando cada vez mais rápido. Na mesma medida, ataques maliciosos também miram estas empresas para atrair possíveis vítimas.

Um levantamento realizado pela fintech Noverde, que oferece crédito online para as classes C e D, revela que esta abordagem está crescendo; e, junto com o crescimento natural das fintechs, criminosos agora mudam o “roteiro” para enganar usuários.

Se anteriormente golpes do tipo usavam nomes de bancos conhecidos, hoje eles já apostam em nomes de fintechs como isca. Débora Cipolli, Diretora de Riscos da Noverde, diz que tal movimento precisa de mais atenção das empresas e também da população.

Foi levantado, com base em informações do site Reclame Aqui, um crescimento considerável nos últimos três anos em golpes do tipo. Considerando os períodos de janeiro a setembro de 2017, 2018 e 2019, estes foram os números destacados:

  • 2017: 232 reclamações;
  • 2018: 519 reclamações;
  • 2019: 683 reclamações.

Entre estes períodos, houve um aumento de 198% nos últimos anos. Já nos nove primeiros meses de 2019, o número de ocorrências registradas chegam perto do total de 2018, que foi de 692; em 2017, o total chegou a 350 registros.

Os criminosos utilizam o WhatsApp como canal para fazer contato com as potenciais vítimas. Como explicado por Cipolli, “a pessoa recebe no WhatsApp uma mensagem se fazendo passar por uma fintech informando que há um limite de crédito pré-aprovado disponível”

Por outro lado, o golpe “exige” que a pessoa faça um depósito antecipado. “Já é um claro sinal de tentativa de golpe”, afirma a executiva da Noverde.

O que dá mais veracidade ao golpe é o crescimento rápido das fintechs “em volume, usuários e exposição”, relata Felipe Ferraz, chefe de computação em nuvem do Centro de Estudos em Sistemas Avançados do Recife (CESAR).

Evitando o golpe

Mensagens do tipo apelam para o imediatismo do interlocutor. Assim, se você recebeu alguma mensagem semelhante e há desconfiança, o mais recomendado é marcá-la como SPAM e não clicar em nenhum link.

Também é importante verificar quais formulários de crédito você preencheu. Verifique, também, o site oficial da empresa que é citada para confirmar se o modelo de atendimento é o mesmo.

Se, por acaso, surgir uma oferta inimaginável no seu colo, também desconfie. O mais recomendado, nestes casos, é buscar tanto as páginas oficiais da empresa quanto os números de contato.

Outra dica destacada pela Noverde é não depositar nenhuma “taxa de conveniência” ou serviço de análise de crédito. Esta não é uma prática comum da indústria.

Golpes do tipo são puramente ligados ao phishing, mas adotam estrutura diferente; os usuários não são infectados, já que são cercados pela técnica de engenharia social.

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