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Gastos e investimentos em TI seguem estáveis, mostram dados da FGV

A base instalada de tecnologia da informação (TI) no Brasil cresceu 20% ao ano nos últimos 27 anos, mas esse salto tem sofrido desaceleração, crescendo somente 7% em 2015. Gastos e investimentos com TI ficaram estáveis no último ano, somando 7,6% da receita das empresas, mesmo percentual registrado no estudo anterior. Os dados são de pesquisa anual Administração e Uso de TI nas Empresas, realizada pela FGV.
“Nunca em trinta anos tivemos um quatro parecido”, sintetizou Fernando Meirelles, professor da FGV responsável pelo estudo. Segundo ele, dois fenômenos contribuíram para esse cenário: momento econômico e migração no uso de equipamentos que antes era essencialmente baseado em computadores e agora ganha novos atores, como smartphones e tablets.
Meirelles ressaltou que, de acordo com a pesquisa, já são 160 milhões de computadores em uso no Brasil, ou 80% do per capita do País. Até o final do ano, o número deverá saltar para 166 milhões. Ele destacou ainda a queda de 30% no investimento em PCs em 2015, a primeira da história.
Em relação aos dispositivos móveis conectáveis à web em uso no País são 244 milhões, ou 1,2 dispositivo por habitante. O estudo mostra que 71% dessa base são de smartphones e 29% de tablets, ou seja, seis smartphones para cada tablet. “Smartphones estão explodindo e virando mecanismo de entrada à web, como mostrou recente pesquisa do IBGE”, observou. Atualmente, segundo o levantamento, são 168 milhões de smartphones, número superior ao de computadores.
Sistemas corporativos
Sobre os sistemas corporativos, a pesquisa mostra que a Oracle domina o mercado de bancos de dados, com 41%, seguida pela Microsoft, com 30%. Em termos de sistema operacional no servidor, o Windows continua à frente com 72%, seguido por Linux, com 16%. No computador, o Windows responde por 97%.
Já no segmento de ferramentas analíticas, que engloba soluções de business intelligence (BI) e CRM, a SAP domina com 26% do mercado total. A presença da fabricante alemã de software é maior em grandes empresas, com mais de 700 teclados.
A Oracle ocupa a segurança posição com 21% de participação, com forte presença também nas grandes empresas com mais de 700 teclados. A Totvs aparece em terceiro lugar no mercado geral nessa categoria com 16%, mas lidera com 27% em negócios com até 170 teclados.
Sobre o ERP, a Totvs mantém-se na dianteira do mercado nacional com 35% de mercado. Meirelles indica, contudo, que a brasileira caiu 1% nos últimos doze meses. Entre as pequenas empresas, sua participação é de 50%.
Em segundo lugar está SAP com 31% e, em seguida, Oracle com 15%, sendo 9% nas pequenas, 16% nas médias e 21% nas grandes. No quarto posto aparece a Infor, com 5% do mercado.
Meirelles observa fenômenos interessantes no estudo em ERP, o primeiro é a chegada da nuvem e o segundo o surgimento de empresas de nicho para atender a mercados específicos ou necessidades particulares de setores. “Cada vez mais software de nicho ganha espaço no mercado. Por isso, há um encolhimento de grandes fabricantes e explosão de empresas de nicho nos próximos anos.”

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