Gas Natural Fenosa inova e ganha agilidade ao unificar controles

Empresa tinha o desafio de consolidar sistemas de gestão de obras de expansão. Resultado: economia anual de R$ 3 milhões

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9:13 pm - 17 de outubro de 2018

Multinacional de gás e eletricidade com sede na Espanha, o Grupo Gas Natural Fenosa está presente em mais de 30 países, atendendo a mais de 22 milhões de clientes. No Brasil, a empresa soma cerca de 1 milhão de clientes, levando, todos os dias, gás natural canalizado para residências, comércios, indústrias e postos GNV. Atualmente, por aqui, a companhia atende 70 municípios e conta com 7 mil km de rede.

A grandiosidade da Gas Natural Fenosa, naturalmente, a fez investir pesado em melhorias ao longo dos seus 20 anos de operação no Brasil. Já foram direcionados, desde 1997, R$ 6,3 bilhões para essa finalidade.

E nesse montante, a inovação não poderia ser esquecida. “Inovar faz parte da nossa rotina”, afirmou Flavio Campos de Moura, CIO do Grupo Gas Natural Fenosa, vencedor da categoria Indústria química, petroquímica, plástico, papel e celulose, do prêmio Executivo de TI do Ano 2018, promovido pela IT Mídia em parceria com a consultoria PwC.

Foi desse pensamento que surgiu um projeto que estabeleceu um processo e um sistema único para registro e acompanhamento dos trabalhos de expansão de rede do Grupo em todo estado do Rio de Janeiro, permitindo a integração de todas as áreas, eficiência operativa, melhoria e confiança no valor da marca, redução do custo da operação e garantia de segurança da rede de Gas Natural.

Cenário

Moura contou que, como a abrangência da empresa é todo o Estado do Rio de Janeiro, o Grupo tem, em média, de realizar 3 mil obras por ano para expansão da sua rede. Acontece que o processo de expansão é conduzido por quatro grupos, que a companhia chama de delegações: operações, empresas executoras de licenciamento de obra, companhias de projetos de obras, licenciamento, expansão comercial, além de grandes clientes do grupo.

Até pouco tempo, cada delegação usava uma planilha eletrônica para realizar a gestão das suas tarefas. Nenhuma delas, contudo, conversava com a outra. “Elas eram atualizadas de acordo com as necessidades de cada grupo. Tínhamos, assim, sistemas descentralizados para suportar toda a operação de licenciamento e controle de obras. O desafio era, portanto, ter uma visão consolidada dos dados”, explicou o executivo.

Foi quando a TI, em linha com a área de Expansão iniciou um projeto para unificação das bases. Nesse processo, a Gas Natural Fenosa comprovou que tinha perdas financeiras e de prazos, ocasionado pela falta de controle e descentralização das informações.

Cada delegação tinha sua forma de controle, com um mix de processos manuais e automatizados, muitas vezes gerando duplicidade. “Integrar as áreas e redefinir um modelo de gestão e de trabalho foi um desafio. Ele foi superado por meio do alto envolvimento e comprometimento da diretoria”, revelou, complementando que a atuação de usuários-chave no projeto também foi crucial para seu sucesso.

Nova era na Gas Natural Fenosa

Com a ajuda de um parceiro, a empresa desenvolveu, em três meses, uma ferramenta, totalmente web e baseada na nuvem, para unificar as informações. Os resultados logo apareceram. “Rapidamente, ganhamos eficiência. Nos tornamos mais produtivos e economizamos R$ 3 milhões ao ano com o projeto.”

O sistema, contou Moura, também possibilitou a análise em tempo real da situação de cada obra, facilitando o processo decisório do gestor e do grupo, gerando melhores resultados operacionais, financeiros e de gestão. “Trouxe foco, proporcionou sinergia e vem ampliando a capacidade analítica de toda operação, provendo um panorama completo em diversos níveis de avaliação”, comemorou.

Para o executivo, o ponto nevrálgico do projeto foi automatizar os controles. “Mudamos o status quo, buscando soluções para um problema real.” A nova era, portanto, gerou indicadores confiáveis para auxílio à prospecção e predição de novos negócios por meio de uma visão homogênea, integrada e acessível.

Olhar para o futuro

O executivo contou que a inovação já tem novas frentes. Segundo ele, a organização de Sistemas está promovendo um Comitê de Inovação para reunir não só a TI, como as áreas de negócios, para propor soluções. “A ideia é, principalmente, pensar em tecnologia, mas em como ela será aplicada no dia a dia das pessoas”, disse, completando que metodologias ágeis serão usadas para acelerar o processo de criação e execução.

E o Grupo no Brasil já tem projetos no forno com esse modelo. “Montamos um piloto de uma solução de controle para pagamentos e convidamos usuários-chave para ver se fazia sentido para eles”, adiantou o executivo, para quem a TI tem de estar sempre de mãos dadas com os negócios.

No sistema único criado para controle de expansão, Moura revela que melhorias serão feitas nos próximos meses, como a inclusão de relatórios e indicadores de desempenho. O vencedor do prêmio na categoria Indústria química, petroquímica, plástico, papel e celulose e seu time certamente já estão prontos para esse próximo desafio.

Finalistas da categoria Indústria química, petroquímica, plástico, papel e celulose

1º Grupo Gas Natural Fenosa – Flavio Campos de Moura, CIO
2º FMC Agricultural Products – Vanderlei de Andrade, diretor de TI Latam
3º Braskem – Renato Blanco, CIO

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