A edição 2020 da Consumer Electronic Show (CES) colocou representantes de duas das principais empresas de tecnologia para falar sobre como elas atuam dentro do espectro de privacidade e uso de dados.
Erin Egan, diretora de Políticas de Privacidade do Facebook e Jane Horvarth, Diretora de Privacidade Global da Apple, participaram nesta terça (7) de um painel ocorrido na feira para debater a segurança de dados dos clientes que utilizam seus produtos. Também estiveram presentes Susan Shook, Diretora de Privacidade Global da P&G, e Rebecca Slaughter, comissária da Federal Trade Commission (FTC), agência americana que atua na defesa do direitos do consumidor e regulação de empresas.
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Por terem modelos de negócios diferentes, cada uma das empresas adota uma linha de abordagem diferente. Como explicado em uma matéria da PC World, que está realizando a cobertura do evento, a Apple pensa em privacidade desde a concepção de um novo produto ou serviço.
“Para cada novo produto que está sendo desenvolvido temos um engenheiro de privacidade e um advogado de privacidade designado para trabalhar com a equipe”, afirma Horvarth, primeira profissional da empresa de Steve Jobs a estar na CES após um hiato de 28 anos da presença da marca na feira.
Já Egan, que representa o Facebook, afirmou que apesar de a empresa ter um modelo de negócio diferente da fabricante, também visa a proteção do usuário. Apesar das questões de vazamento de dados da rede social, a executiva reforçou que a empresa tem orgulho das práticas realizadas internamente para garantir a segurança dos usuários e que tem uma política de privacidade tão boa como a Apple: “Nós acreditamos que privacidade é um direito humano”
A conscientização dos usuários sobre os perigos e cuidados de informações pessoais na internet foi citado por todas as marcas como um dos principais desafios para aumentar a segurança do ambiente on-line.
Essa preocupação também é dividida por Slaughter, da FTC, que acredita que as companhias que estão na internet precisam desenvolver formas mais didáticas para explicar à população geral como seus dados são utilizados pelas companhias e como elas podem restringir ou, no melhor dos casos, eliminar essa coleta de informações:
“A quantidade de informações que você precisa processar para descobrir o que está acontecendo com seus dados é insustentável para a maioria das pessoas”, afirmou a comissária do FTC. “Sou uma pessoa relativamente bem-educada, especializada em privacidade e não consigo descobrir tudo o que está sendo feito com todos os meus dados em diferentes serviços”, acrescentou.
Falando sobre esse ponto, todas as marcas concordaram sobre a necessidade de uma lei federal que apresente de forma mais clara os direitos e deveres de cada parte. Horvath, da Apple, sugeriu que os EUA deveriam utilizar outros exemplos de legislação além da GDPR para criar o seu próprio: “precisamos olhar para todos os consumidores, independentemente de onde eles moram, com direito às mesmas proteções fortes “, afirmou.
Apesar de não apresentar uma data concreta, Slaughter disse que o governo deve apresentar alguma medida nesse sentido por volta de 2021.
*Com informações do Wall Street Journal e Engadget
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