Fábricas inteligentes somarão US$ 500 bi à economia até 2022

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10:06 am - 23 de junho de 2017

Pesquisa do Instituto de Transformação Digital, da Capgemini, aponta que os produtores esperam que seus investimentos em fábricas inteligentes sejam responsáveis por um aumento de 27% de produtividade nos próximos cinco anos, o que deve adicionar US$ 500 bilhões à economia global até 2022.

A pesquisa foi realizada de fevereiro a março de 2017 e teve participação de mil executivos que ocupam o cargo de diretoria ou acima em empresas de manufatura com uma receita de mais de US$1 bilhão ao ano. Foram seis setores: manufatura industrial, automotivo e transporte, energia e utilities, aeroespacial e defesa, ciências da vida e produtos farmacêuticos e bens de consumo.

Geralmente descrita como a pedra estrutural da “Revolução Digital Industrial”, fábricas inteligentes fazem uso de tecnologias digitais, como IoT, big data, analytics, inteligência artificial e robótica avançada, para aumentar produtividade, eficiência e flexibilidade. Os recursos incluem robôs colaborativos, trabalhadores que usam componentes de realidade aumentada e máquinas que enviam alertas quando precisam de manutenção.

Até o final de 2022, segundo o estudo, os fabricantes esperam que 21% de suas fábricas sejam inteligentes. Setores como aeroespacial e defesa, fabricação industrial e automotiva, nos quais as pessoas já trabalham ao lado de máquinas inteligentes, devem liderar esta transição.

Como resultado de melhorias na produtividade e maior flexibilidade, as fábricas inteligentes se beneficiarão de reduções significativas nos custos operacionais. Por exemplo, o relatório estima que um fabricante automotivo poderia atingir uma melhoria de cerca de 40% na sua margem operacional por meio de melhores custos de logística e material, eficácia do equipamento e de qualidade de produção. Como tal, a maioria das empresas industriais já embarcou na digitalização de plantas produtivas para permanecer competitiva. Apenas 16% dos entrevistados dizem que não têm uma iniciativa de fábrica inteligente, ou planos futuros para implementar uma.

Paul Boris, vice-presidente de Indústrias de Manufatura da GE Digital, comenta que um efeito colateral da globalização é que as empresas têm um conjunto mais diversificado de concorrentes, com tecnologia e ferramentas à sua disposição para melhorarem constantemente. “Com a finalidade de criar polos de criatividade e nos destacarmos na multidão, estamos usando a tecnologia para fortalecer a nossa oferta. Por exemplo, abrimos nossa primeira fábrica inteligente em 2015 e conseguimos reduzir as paradas não planejadas entre 10% e 20%”, destaca.

Mercado de trabalho global
A mudança para fábricas inteligentes virá com uma redução significativa nos custos de mão de obra direta. A pesquisa mostrou que os fabricantes esperam uma redução de 25% nos custos de mão de obra em fábricas inteligentes até 2022. Embora a perspectiva de curto prazo seja sombria para empregos de baixa qualificação / baixo salário, muitos fabricantes reconheceram a obrigatoriedade das habilidades e estão agindo sobre ela. Mais da metade (54%) dos entrevistados estão fornecendo treinamento em habilidades digitais para seus funcionários e 44% estão investindo na aquisição de talentos digitais para preencher a lacuna de habilidades.

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