Fabio Faria usa experiência para transformar TI da CSN

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10:05 am - 30 de junho de 2015
Fabio Faria usa experiência para transformar TI da CSN
De operador de mainframe no início da carreira a líder de TI de grandes empresas, o currículo de Fabio Faria, CIO da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), impressiona. Ele acumula passagens por empresas como Vasp, Basf e Votorantim. Mas não é a grandiosidade das companhias que trabalhou que chama atenção, e, sim, sua habilidade de transformar e prover um salto na TI por onde quer que passe.

E na CNS não é diferente. Desde que chegou no grupo, em 2013, Faria iniciou uma verdadeira mudança na área. Na bagagem, levou mais de 35 anos de experiência. Assim que passou a ocupar a principal cadeira na TI, ele alinhou com a presidência e os principais executivos seu desejo de atender e suportar de forma mais ágil e flexível as estratégias e as metas dos negócios. Logo ele ganhou o apoio de sua equipe, composta por mais 150 pessoas.

“O time aceitou o desafio e foi muito positivo e parceiro da transformação. O grande mérito de todo o trabalho é o conjunto da obra. Sem isso, não teríamos alcançado o êxito”, destaca Faria, que fez questão de ressaltar por diversas vezes o trabalho primoroso de sua equipe.

Com o estilo participativo de gerenciar, Faria, vencedor do prêmio Executivo de TI do Ano na categoria Siderurgia, metalurgia, mineração e mecânica, deu início ao projeto Plataforma Corporativa de TI Multinegócios, que trabalha com base em várias frentes, entre elas governança, outsourcing de data center, impressão, telecomunicações de dados e voz, adoção de plataforma analítica e implementação de correio eletrônico na nuvem.

Um dos trabalhos de destaque é o estabelecimento de uma forte governança, que na CNS está pautada na metodologia Control Objectives for Information and related Technology (Cobit), explica. Um diagnóstico foi feito com base no modelo e a partir de então foram estabelecidas diversas melhorias. Uma equipe experiente foi criada para conduzir a estratégia. “Temos meta audaciosa de até o final do ano chegar em todos os procedimentos de TI no nível três em governança, de uma escala até cinco”, afirma.

Ele conta que todo o projeto é bastante delicado e complexo, exigindo, por exemplo, a mudança de grande parte da TI para São Paulo, antes totalmente baseada em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Separadas geograficamente, a distância das equipes não foi um limitador, conta. Ao contrário. Fortaleceu o alinhamento das equipes. Seu principal desafio nessa jornada, assim como acontece em muitas empresas, foi cultural, barreira já superada.

Quase dois anos depois do início do projeto, resultados preliminares já são observados. Ele destaca aumento da colaboração e sinergia entre os negócios, mitigação nos riscos operacionais, otimização de recursos de forma geral e melhorias nos processos de gestão dos negócios da companhia. “TI tem sido pilar para o movimento da companhia. Ter essa estrutura consolidada torna o negócio ainda mais preparado para os crescimentos orgânico e inorgânico”, observa.

O nível de satisfação interno também mostra que Faria está na direção correta. A última pesquisa realizada com os usuários do Grupo CSN identificou que o nível de satisfação é de 80%. Com novidades a caminho, como SAP Hana, o executivo está confiante que o número vai saltar ainda mais.
 
Poder da observação
Faria reconhece que cada empresa tem sua forma de operar e sua sensibilidade e capacidade de observação direcionaram as ações da TI para as transformações adequadas. “Meu grande aprendizado foi mapear o ambiente. Nem tudo o que vivenciei no passado pode ser replicado com sucesso caso não seja possível fazer a leitura certa”, diz, completando que a máxima ‘escute muito e fale pouco’ encaixou-se perfeitamente no desenho do projeto, ajudando-o a traçar o caminho correto.

O olhar apurado, atento, é algo incentivado por Faria a todo momento também em sua equipe. “Estimulo o empreendedorismo e a liberdade para criar e apresentar soluções”, conta.
O modelo de gestão participativo e aberto tem ajudado o executivo a conseguir ótimos resultados no sentido de extrair o melhor de cada um de sua equipe. “Não temos aqui uma equipe homogênea. Cada um colabora com sua experiência e o todo se complementa. Isso traz um resultado interessante. Não só em termos de projeto, mas de conhecimento”, finaliza o executivo.

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