Executivo mão na massa: por que esse perfil é mais importante do que nunca?

Para especialista no tema, demanda atual gira em torno de talentos que têm visão estratégica e habilidade para atuar na parte operacional do negócio

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11:35 am - 26 de janeiro de 2018

A economia do País começa a voltar aos eixos e recuperar da crise financeira de 2015 e 2016. Mas com ela, uma consequência. As empresas buscam executivos cada vez mais mão na massa. A avaliação é de Carla Moreira, business manager da consultoria People Oriented.

Segundo a especialista, as reestruturações empresariais em busca de mais economia e eficiência ocorridas após esse período tornaram as equipes mais enxutas e desafiadoras para seus líderes.

Por isso, se tornou essencial que executivos possuam tanto visão estratégia quando habilidade para atuar com a parte operacional do negócio. “Isso ocorreu em todos os segmentos. As portas dos executivos, inclusive CEOs, hoje estão abertas e eles lideram de maneira muito mais próxima ao restante da equipe”, conta.

A habilidade de se relacionar bem se tornou também decisória na hora de avaliar uma nova contratação para o time de executivos de grandes empresas. Em paralelo, explica Carla, ainda que boa formação acadêmica e profissional continuam valorizadas, o mercado tem dado peso também à experiência de vida dos executivos, valorizando profissionais com maior tempo de carreira e maturidade para posições de senior management.

“Empresas buscam compor seus times de forma mais híbrida, tanto com profissionais jovens com alto potencial quanto com executivos com mais tempo de carreira e boas lições aprendidas. A ansiedade dos mais novos é equilibrada pela maturidade e experiência dos mais velhos”, diz a especialista.

Experiências

Outra característica observada é a preocupação das empresas em trazerem profissionais que tenham vivido ciclos completos em suas experiências. Isso porque a rapidez característica com que os millennials mantêm suas relações fez com que muitos acumulassem passagens curtas de um a dois anos em seus currículos.

“Essas passagens meteóricas não têm sido bem-vistas pelas empresas; o profissional que vive ciclos de quatro anos ou mais tem a oportunidade de acumular resultados mais sólidos, passar por adversidades e ainda momentos econômicos diferentes, desenvolvendo sua resiliência e capacidade de adaptação a diferentes cenários”, afirma Carla.

Segundo a especialista, posições de alta liderança estão se tornando cada vez mais acessíveis para mulheres. Seguindo tendências mundiais de equidade de gênero e empoderamento feminino surgidas no mercado, uma parcela significativa de empresas multinacionais tem criado políticas de diversidade e de inclusão para posições executivas.

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