Especialistas analisam contribuições da evolução da internet no mercado

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2:07 pm - 20 de agosto de 2015
Especialistas analisam contribuições da evolução da internet no mercado
O consultor John Klensin e o professor Anupam Chander falaram ontem (19/8) durante evento do CGI.br sobre a forma que a internacionalização da internet afetou os usuários e o mundo dos negócios. Klensin usou como exemplo o ambiente de nascimento e evolução da web para abordar o tema. 

Em sua opinião, a expansão da internet e o acréscimo de novos usuários globais promove a fragmentação da rede, se considerado o ponto de vista das diferenças de idiomas e culturas entre os povos, mas também propicia inclusão digital e acesso a oportunidades inerentes à web. “Enquanto alguns aspectos melhoram, outros pioram. Precisamos fazer escolhas razoáveis”, aconselha.

Um dos responsáveis pelo trabalho de definição do ISI/USC para o Sistema de Nomes de Domínio (DNS), Klensin avalia que não há apenas uma solução para substituir o protocolo DNS. Para ele, uma nova geração de DNS não é muito difícil de ser desenvolvida nem de ser implementada. Ele acredita que para inovar na web, é necessário encontrar um vácuo a ser preenchido.

Klensin ainda se posicionou de forma contrária aos argumentos da empresa Amazon que possui a intenção de obter direitos de uso do domínio “.amazon” em detrimento de quem habita a Amazônia. “Disputas de propriedades de nomes de domínios não deveriam acontecer neste nível”, opina.

Chander, que é diretor do California Internacional Law Center, tratou de questões relacionadas ao mercado de internet e propriedade intelectual, citando ações judiciais movidas contra empresas de tecnologia, a exemplo de pedidos de retirada de comentários negativos em áreas dedicadas à avaliação de produtos. 

O professor descreveu a “lei de Zuckerberg”, fazendo um paralelo com a lei de Moore: a cada ano, o usuário compartilha o dobro de informações que compartilhou no ano anterior. Nesse contexto, Chander considera que “a liberdade de expressão e debates robustos necessitam que o cidadão tenha o direito de criticar e não só de elogiar”.

Ele lembrou o caso em que o periódico britânico The Telegraph publicou uma lista de todas as matérias que foram “esquecidas” pelos indexadores de conteúdo. “Com as tecnologias contemporâneas de comunicação, o discurso livre se tornou uma política industrial”, concluiu.
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