A Equinix anunciou na quinta (23) a construção de um novo data center no Rio de Janeiro, em que serão investidos US$ 94 milhões (ou cerca de R$ 500 milhões). O início da operação está previsto para o primeiro semestre de 2025, e tem por objetivo “suprir a demanda regional por conectividade, serviços digitais e data centers de última geração”.
A estrutura ficará em São João de Meriti, região metropolitana da cidade. O RJ3, como está sendo chamado, terá o equivalente a 560 racks e 1,467 m2 de espaço de colocation na primeira fase de construção. Segundo a Equinix, os principais serviços digitais e de interconexão da plataforma da empresa estarão disponíveis aos clientes desde o início das atividades, incluindo o Equinix Fabric e o Equinix Fabric Cloud Router.
Segundo a empresa, isso permitirá interconexão direta com provedores de nuvem, incluindo AWS, Microsoft Azure e Google Cloud.
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“O Rio de Janeiro é um dos maiores mercados consumidores do país e um hub para setores estratégicos, como energia e mineração. Portanto, expandir nossa presença local foi o caminho natural para a Equinix”, explica em comunicado Victor Arnaud, presidente da Equinix Brasil. Segundo ele, é “o maior [investimento] já feito por uma empresa de data center no estado”.
Será o terceiro data center da Equinix no Rio de Janeiro. Os outros dois ficam no bairro de Botafogo (RJ1) e Del Castilho (RJ2). Ambos são conectados entre si, e uma ligação de fibra redundante entre RJ2 e RJ3 será criada.
A Equinix diz no comunicado que o novo data center ficará “nas proximidades da Via Dutra”, o que melhora o acesso às redes de fibra óptica que conectam o Rio de Janeiro a São Paulo e passam ao longo da rodovia. A região também é abastecida por duas subestações de energia, o que “garante alta confiabilidade no fornecimento de energia”, diz.
O estado do Rio de Janeiro também conta com conexões de cabos submarinos, sendo que oito terminam na região, o que segundo a Equinix garante conectividade direta com Estados Unidos e América Central.
No comunicado, a Equinix diz que o RJ3 será uma das primeiras instalações da empresa nas Américas e a primeira do Brasil a adotar uma tecnologia chamada Cool Array, que adota um sistema de refrigeração mais eficiente.
A tecnologia usa um esquema de contenção de inundação fria/corredor quente na laje, que permite cargas de trabalho muito densas e refrigeradas a ar de maneira eficiente, melhorando o índice PUE (Eficácia no Uso de Energia).
Segundo a empresa, o RJ3 seguirá “rigorosos padrões de sustentabilidade”, e terá certificações ISO e Uptime Tier III para Facility e Design. A estrutura também terá o certificado LEED, que atesta baixas emissões de carbono e outros aspectos de ESG. Além disso, RJ3 será abastecido com energia renovável de fontes eólica e solar por meio de fornecedores certificados.
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