Empresas nativas digitais lideram rol das empresas mais inovadoras em 2019

A 13ª edição da pesquisa anual do BCG atesta a importância crescente da Inteligência Artificial ​​e das plataformas e ecossistemas para a inovação

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7:49 am - 29 de março de 2019

A Inteligência Artificial ​​está se expandindo rapidamente e muitas empresas estão confiando mais em plataformas e em seus primos, ecossistemas, para apoiar seus esforços de inovação, conclui  a 13ª edição da pesquisa “Empresas maisInovadoras”, do Boston Consulting Group. Inovadores fortes estão ampliando sua vantagem sobre os rivais mais fracos ao adotar a IA em seus produtos e serviço. Eles também estão procurando cada vez mais plataformas e ecossistemas como uma maneira de se beneficiar de dados, ideias e recursos externos.

Há algumas mudanças interessantes na lista deste ano das 50 empresas mais inovadoras. A Alphabet  (controladora do Google), derrubou a Apple do primeiro lugar depois de um reinado de 13 anos.  Em segundo lugar aparece a Amazon. sò depois a Aple e um extenso rol de empresas de tecnologia.

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Todas as dez empresas mais bem classificadas – e muitas entre as 50 melhores – usam inteligência artificial, plataformas e ecossistemas para permitir que eles mesmos e outros busquem novos produtos, serviços e formas de trabalho.

O Google é hoje uma empresa “AI first”, de acordo com seu CEO. Há muito tempo, ela adotou as duas plataformas (pense no Android) e os ecossistemas (considere como a Alphabet trabalhou com outras empresas para desenvolver o Waymo, seu empreendimento de condução autônoma). A Amazon, que, além de usar a IA em seu negócio de varejo, foi pioneira em tecnologia de reconhecimento de voz (Alexa) e serviços baseados em plataforma (Amazon Web Services). A Apple, por sua vez, ajudou a criar software de reconhecimento de voz (Siri) e forneceu um local de trabalho virtual de primeira linha para desenvolvedores de aplicativos com sua plataforma iOS.

Até o McDonald’s (número 21) usa um algoritmo de IA em menus digitais que mudam continuamente em resposta a fatores como hora do dia, dia da semana, tráfego do restaurante e clima. A Philips (número 29) lançou uma plataforma de Inteligência Artificial em 2018 que ajuda “cientistas, desenvolvedores de software, médicos e provedores de serviços de saúde a acessar recursos analíticos avançados para balizar a tomada de decisão.

Segundo o BCG, nove entre dez entrevistados para esta edição da pesquisa dizem que suas empresas estão investindo em IA e mais de 30% esperam que a IA tenha o maior impacto de qualquer área de inovação em seu setor nos próximos três a cinco anos.

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Em um artigo complementar à pesquisa (“AI Powers a New Innovation Machine”), a equipe do BCG analisa em profundidade onde e como a IA está afetando a inovação.

Plataformas e ecossistemas
Ainda segundo a edquipe do BCG, plataformas e ecossistemas atendem a múltiplas funções, incluindo a facilitação da inovação (e às vezes a lucratividade obtida através dela), a expansão do alcance e da colaboração e a ativação de novas soluções e ofertas multicanal. Novamente, as empresas mais inovadoras são mais propensas a esperar um impacto significativo de seus esforços, dentro de três a cinco anos, e a estarem ativamente direcionados a essas áreas.

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O BCG conceitua plataformas como tecnologias que fornecem uma base para o desenvolvimento de ofertas de negócios. Numerosas empresas de produtos industriais, incluindo a Siemens (número 16) e a Boeing (número 11), construíram plataformas substanciais de negócios em manutenção preditiva para complementar seus esforços tradicionais de engenharia e fabricação. A Amazon, a Microsoft e a IBM, entre outras, oferecem uma gama de softwares e serviços a partir de suas plataformas de computação em nuvem.

Já os ecossistemas vão um passo além. Alavancam uma série de parceiros que reúnem tecnologias, aplicativos, plataformas de software e serviços necessários para produzir uma solução integrada. (Veja “The Emerging Art of Ecosystem Management“, artigo do BCG, de janeiro de 2019.) Os dois principais sistemas operacionais móveis – Android e iOS – se transformaram em ecossistemas complexos de empresas de telecomunicações, fabricantes de dispositivos, provedores de serviços e desenvolvedores de aplicativos, entre outros.

A rápida evolução das tecnologias e a crescente demanda dos clientes por uma experiência de usuário altamente personalizada ampliam ainda mais a necessidade de parcerias. E os ecossistemas de dados desempenharão um papel crítico na definição do futuro da concorrência em muitos setores B2B. A oportunidade de inovar totalmente novos fluxos de receita, modelos de negócios e fontes de vantagem contínua é particularmente forte para os negócios B2B, graças às massas de dados que os dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) geram.

O desafio é estabelecer e gerenciar esses ecossistemas de forma eficaz e usá-los estrategicamente para maximizar o valor e obter uma vantagem competitiva.

A equipe do BCG faz ainda uma observação final, especialmente no que diz respeito às quatro empresas da lista dos dez melhores do ano, que também estavam entre as dez primeiras em 2005. Segundo os realizados da pesquisa, essas empresas são “reinventoras” em série. O Google revisa constantemente seus algoritmos e ofertas. A Amazon inventa continuamente novas categorias, serviços, modelos e formas de engajar seus clientes. A Microsoft fez uma transição bem-sucedida de sua dependência de longa data da parceria Wintel em PCs para se tornar uma empresa de tecnologia baseada em nuvem. E a IBM se reinventou várias vezes, de mainframes a PCs, a serviços, à nuvem, à IA e a plataformas e ecossistemas. Nelas, a mudança é a única constante! A orientação básica para a mudança – nunca estar satisfeito e estar sempre disposto a se reinventar – continua sendo parte da sua força vital.

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